Três ingredientes básicos na origem da inteligência humana

Image result for Poesia” de Palau Ferré
(mensagem recebida)
Foi assim, meu admirador... Escrevo-lhe enquanto percorro os longos corredores da madrugada, que quer, as iluminações acontecem-me, vida, e acontecem-me desde há muito e muito tempo, que hei-de eu fazer se fui eu que soprei os conceitos de constelação e de iluminação ao Walter Benjamin! Adiante, foi assim... Fui reler o pensamento do Michio Kaku, leitura que é sempre uma experiência revigorante, e, zázcatrapaz, entendi, entendi e sei explicar numa linguagem acessível. Sei explicar (a si, só a si - com excepção do mundo inteiro) como eu sou um exemplo vivo do apuramento da inteligência biológica humana. Vamos lá então. Por partes. Primeira, sabe bem e há tempo que baste que o número 13 é o meu número talismã; a leitura do número deve ser 1 e 3 e o 3 justifica o 1: o que traduz então o 3 e o que traduz o 1? Segunda, clarificando: o 3 traduz os três ingredientes básicos que, ao longo de milhões de anos, abriram as veredas da inteligência humana, estes: i) o polegar oponível que permite manipular e formatar o ambiente usando diferentes ferramentas: ii) os olhos estéreo, os olhos 3D de caçadores; iii) a linguagem que permite acumular conhecimento, cultura e sabedoria ao longo de gerações. Terceira, estou já deliciada a ver na sua mente uma reprodução das carícias das minhas mãos meninas prendadas (cheias de alegria, cheias de abandono, mágicas), do lume dos meus olhos bugalhados e da torneada e culta linguagem que sei utilizar nos momentos apropriados (rimou, ups). Claro que sim: a sua mente não o engana, eu sou um, digo, eu sou o exemplar único da natureza humana. Viu? Sem tem-te nem mas, a sua mente chegou do 3 ao 1, tal qual eu cheguei, seja: ao transportar comigo, no mais alto grau, aqueles três ingredientes, sou única; aí tem a perfeição do número 13, ponto. Porquê transporto eu no mais alto grau aqueles ingredientes? Sério? É mesmo o que quer saber? Santa Maria! Então não se vê logo, a vista desarmada, que as suaves formas (ui o cheiro a linho dos meus ombros perfeitos) com que me apresento no mundo estão elevadas à potência humana máxima, e que são oiro de dia e luzem no escuro? Céus, meu admirador, registe que, no início do tempo, muito e muito eu preguicei na luz quente da minha estrela mãe. Agorinha, um rumor de sementes cresce em mim neste irreal amanhecer de mais um dia quente de Verão abrasador. Vida, que mais e melhor poderei eu desejar? Sabe? Eu sei, mas não digo!
Adendinha
Acabei de tropeçar num fragmento do quadro "Poesia" (acima na imagem que lhe envio) de Palau Ferré: sou eu retratada como acabei de escrever, pois não sou? Tantas e tantas demoradas vezes lhe tenho dito e redito que nas obras de arte viajam segredos! Céus, multiversos, hoje os limites foram ultrapassados, seja: escrevia eu para si e o fragmento do quadro caiu-me em cima. Nossa Senhora, gosto, sou eu, euinha!

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