Um corpo feliz alimenta (e sara) a alma...
Nazareth Castellanos: um nome (e um rosto) a reter.
Aqui.
Adenda - (msg recebida)
De cara à banda, meu caro, fiquei de cara à banda com o saber desta Nazareth Castellanos. E sim, um corpo feliz (ninguém pode tirar-me o que sinto, recorda-se?) alimenta (e sara) a alma, é certo e certinho, eu o sei e eu também o digo e ainda o atesto com selo de mim. São favas contadas, meu caro! Os animais humanos ingerem o mundo de muitas maneiras, quando comem ou mastigam ou respiram; os animais humanos apreciam o mundo com os olhos, com os ouvidos e com o nariz, e provam o mundo com a língua e experimentam as suas texturas com a pele. E, por isso... Por isso, vida minha!, é que urinam e defecam e vomitam e choram e soltam outros fluídos ainda muito mais íntimos. Isso mesmo, sinto que está a seguir o meu pensamento, é isso mesmo, a nossa pele é o limite à volta de nós mesmos, mas é um limite assaz poroso e pode até perfurar-se tendo em vista acoplamentos corporais, desde os beijos a outros que mais e tais, adiante.
Registe que, de acordo com a teoria do biocentrismo, os animais humanos têm uma particularidade especialíssima que os diferencia de todos os outros habitantes do mundo conhecido, fazem perguntas sobre a sua vida: além do quê e do como, querem saber porquê. Outros animais (que com os animais humanos convivem) não se interrogam (que se saiba!) sobre a sua vida e nem se questionam sobre o que se passará depois da sua morte. Os seres humanos buscam sentido, são criaturas espirituais, com alma. É nessa busca incessante de sentido de significados vitais - o navegar à bolina da imaginação - que os seres humanos encontram pequenas pérolas que os transcendem, é aí que encontram ideias-verdades. As ideias-verdades (como as pérolas) vivem sempre em espaços diminutos, e sempre são pequenas e nunca são completas: as ideias-verdades são pequenos relâmpagos de inspiração que iluminam o quotidiano, são elas que lhe dão sentido e cor.
Aquela particularidade especialíssima dos animais humanos traduz-se (i) no dom de viver esses momentos de inspiração e (ii) na responsabilidade de capturar e cultivar as ideias-verdades com que esses momentos de inspiração os brindam. São as ideias-verdades, sim, são as ideias-verdades que fazem especificamente os animais humanos, são elas que fazem com que o mundo seja mais interessante e mais emocionante e ainda mais vivo. As ideias-verdades servem para que os animais humanos evolucionem todos (e cada dia), fazendo e sentindo e sabendo.
Eu sou, desde todo o sempre, a sua pérola-ideia-verdade? Céus!, não me diga! Gosto e gosto, adoro!
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