Não sabe o que é uma taturana? Nem queira saber, cuide-se!
(mensagem recebida)
Não é por nada, digo, é por tudo que escolhi a imagem que lhe envio, chegou-me pelo correio um livro (uma coleção de textos organizada pelo Emmanuel Alloa) "Pensar a Imagem" e fiquei de pensamento ao léu quando li o curioso texto de Horst Bredekamp "Mãos pensantes - considerações sobre a arte da imagem nas ciências naturais". Pensei de mim para comigo: tanto eu já escrevi sobre plantas (aqui e aqui e aqui e aqui, por exemplo), será que não encontro uma imagem com mãos? E, Nossa Senhora da Criatividade, olhe só, demore-se na imagem que encontrei e que lhe envio. Sabe porque é que aquelas duas árvores se cumprimentam através das raízes unidas? Não sabe! Que surpresa minha nenhuma! Pois fique sabendo que as plantas têm um leque largo e variado de sensores (mais de vinte), estando, por isso, aptas a gerar respostas complexas, até mesmo a comunicarem umas com as outras, e até a cumprimentarem-se (digo eu sem certeza do que digo). Duvida? Pois não duvide, acredite que plantações de milho e de feijão, por exemplo, na presença de uma taturana emitem substâncias para atrair as vespas (acima das taturanas na cadeia alimentar): para se protegerem e perpetuarem as espécies. Não sabe o que é uma taturana? Nem queira saber, cuide-se!
Adenda
Em tempo, lhe explicarei porque é que as plantas se cumprimentam. Ah, já me esquecia: perguntar o que é uma imagem remete sempre para uma ontologia, para interrogação sobre o seu Ser.
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