A chávena - proustiana - de café..., e um texto poético
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Raios e coriscos, os seus textos, vida minha entorpecida, os seus textos (nem todos está bem de ver), meu ainda admirador preferido (sabe-se lá até quando!), os seus textos - entre a existência e o que está para além dela - são sorrisos cativos no tempo, que sempre recupero com renovada alegria, sei de coração aberto quanto não são narrativa que patina, conheço os silêncios que os unem. Gostei da brincadeirinha, gostei é como quem diz, a verdade é que fiquei fula, fula de fazer fum como os gatos com pêlo eriçado (pode alguém gostar mais dos seus poeminhas do que eu?), fiquei fula por lhe terem enviado em letra rendilhada um seu poeminha, céus, às tantas fui até eu e nem me lembro que sim. Hoje, neste advento de tempo desconfinado (pira-te, vírus pandémico), aí tem a minha chávena de porcelana fosca a partilhar o mesmo espaço de mim e do seu poeminha de trasantontem. Adiante, que o dia já me chama. Ruminei pensamentos em poemas e, deuses expressivos, leia só um texto poético - que um deus comovido me ditou e eu o escrevi - e eu o escrevi em forma de mar de analepses que constituem o fio da meada. Concordo consigo, sim, também pode ser entendido assim: um acontecer poético que só se manifesta em hora quente de lunações e trepadeiras, adiante, ei-lo, sem epigonismo:
"Dias há em que faço um relato lento/dos meus pensamentos perdidos no eco do tempo/cujos nomes só eu e tu sabemos/cujos nomes só tu e eu entendemos/partiu-se em mim qualquer coisa de teu/o vermelho afogueado anoiteceu/bani para sempre o verbo omitir/senti demais para poder continuar a sentir."
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