Teoria da constelação: imagens, posturas, rostos, gestos e olhares



mensagem recebida
Tenho tentado (e conseguido), meu admirador de mim sempre única, tenho tentado não falar nos recados da Greta Thunberg para o mundo actual. Faço-o hoje, quero dizer, não o faço hoje, hoje vou (re) ouvir e pensar na sua mensagem e, amanhã passado, lhe direi algo mais. Porém, agora, quero que pense comigo na imagem (acima), que engendrei no âmbito das minhas aturadas lucubrações sobre a epistemologia da constelação. Claro que sim, claro que foi o Walter Benjamin um dos primeiros autores, quiçá o primeiro, a esboçar uma teoria da constelação no início do século XX. Claro que sei, sim, sei, sei que ele pensava (e bem) que a obra de arte pode ser encarada como o seu modelo empírico daquela teoria, adiante. Acalme-se, e oiça-me. Atente na similitude dos rostos (e na coreografia de gestos e olhares) do Winston Churchill e da Greta Thumberg, e diga-me se neles não mora um espaço entre a constelação e o olhar humano, diga-me se nesse espaço não se acoita uma teoria da construção da realidade, uma teoria que exige uma transgressão política que afecta os valores vigentes. Viu, entendeu? Não! Registe: (1) só há presente, não há passado e nem futuro, só presente; (2) a teoria da constelação é um modo específico e um momento interminável de mediação dialéctica, seja, a teoria da constelação é o padrão dos relacionamentos com o que se denomina de realidade.
Adenda 1
Está surpreendido com esta minha mensagem? Entende que é a minha curiosidade que me leva a espreitar (e a espiolhar) teorias e mundos novos? Pois não se surpreenda, antes aprenda (céus, rimou!). Não duvide, acredite: em mim, a curiosidade é um órgão vital, tão frágil quanto poderoso, a minha curiosidade é interrogativa e nela mora a ética do questionar. Pois sim, muitos filósofos não deram guarida à curiosidade, dela até desconfiaram. O Santo Agostinho até dizia que "aquele que tem fé não precisa de ser curioso" e, nos tempos que correm, muitos e muitas (que por aí andam armados em espertos) ainda apredejariam a Eva que comeu o  fruto da árvore do conhecimento, adiante. Não penso assim. Penso que é no desejo de viver (libido vivendi) que mora o desejo de saber (libido sciendi). Se o desejo de saber é a criatividade? Sim, é. É, desde que a tónica incida mais sobre o desejo e menos sobre o saber. Não percebeu! Céus, de uma vez: a curiosidade é uma atenção afectuosa, quente e inquieta. Seja curioso, ponha os olhos na aura de mim. 
Adenda 2
A sério? Gosto! Foi de certeza uma ideia que nasceu das tranças da Greta, só pode ter sido. Um dia destes, aposto, a minha franja egípcia também vai inspirar alguém, oxalá!

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