Que à sem-razão do coração se curvem os discursos bem falantes

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(mensagem recebida)
Que hei-de eu fazer, meu admirador, que hei-de eu fazer! Há dias em que a fala se me cala (que rima cretina, que melga, adiante), ontem foi um deles: estive a ouvir a excelente e sábia Jane Goodall, gostei. Quando ela falava na inteligência, no cérebro e no coração, Nossa Senhora, a minha memória era um reboliço, ora recorde comigo isto e isto e isto, mensagens minhas do coração, de mim para si. Céus, será? Será mesmo que também a Jane Goodall, tal como eu, já morou na ilha das fadas, embrumada em hortênsias, em que eu me criei? Não, não estou a sonhar, recordo-me que nessa ilha, sobre as lagoas encantadas dormiam fetos e não havia lei, reinava o amor e não havia rei (ups, outra vez a rima); até eu, em dias de ave estróina, saía livre da concha dos meus vestidos. Meu caro, meu caro, o que é que me falta? É o que quer saber? Aí tem a minha resposta, esta: vergo-me à saudade de mim e nada enxergo salvo o diverso ser de ser quem sou, narro-me e não me encontro, vida, o que agora me falta é só, apenas, um  triz de música, desejando que à sem-razão do coração se curvem os discursos bem falantes. 
Adenda
Óbvio: sinto no saber e no estar e no dizer de Jane de Goodall afinidades de mim, e gosto. Que quer, que se há-de fazer, sou assim, esmeralda de nascença, a vida é como é, o resto é conversa.

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