Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém!













Acabei de (re)ver (com atenção redobrada) este documentário, que, não tenho dúvidas, se inspirou neste documento da OCDE sobre cenários da educação para o futuro. Podia tecer considerações de outro cariz, mas não quero, prefiro realçar que:

- (i) é um documentário que informa e que obriga a pensar as políticas de educação num tempo que já não é de promoção de uma sociedade disciplinar; num tempo, ao invés, em que já se promove uma educação dos sentimentos;

- (ii) é certo que a qualidade dos genes e do meio ambiente de aprendizagens favorecem muito a organização de cada cérebro humano, que é sempre singular e único; porém, os genes e o meio procedem de forma inseparável, ou seja, não interessa saber qual deles, genes e meio, é mais importante. Há que ter em conta, no entanto, que “dependendo do ambiente específico, a manifestação de uma determinada bagagem genética pode ter consequências diferentes, e também dependendo da bagagem genética, um mesmo meio pode produzir diferentes respostas no organismo e alterar a trajectória biológica: daí que não haja uma receita única para todos, a epigenética fornece uma variedade maior que a proporcionada pela genética, actuando como amplificador da diversidade, o quem, provavelmente, é uma das razões evolutivas da sua existência”;

- (iii) se as actividades educativas promoverem o desenvolvimento da(s) inteligência(s), da criatividade e da perícia (as capacidades que não são inatas, mas sim adquiridas através da experiência e da prática intensiva) é meio caminho andado para uma vida de qualidade; e se àquelas três características se juntar uma boa dose de perseverança e (também) de sorte e ainda um contexto propício, quem sabe!, hão-de surgir génios e acontecimentos que revolucionam o mundo, é certo e sabido.

Não obstante, a cautela é obrigatória quando se trata de fazer alterações no sistema educativo (escolar), seja, ponha-se de lado o experimentalismo que há anos tem tido lugar de poleiro: prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.


Adenda a propósito..., com memória e memória e ainda também.

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