Da civilização tipo 0,7 à civilização tipo 1
(Mensagem recebida)
Tenho um fraquinho pelo Michio Kaku, meu caro, sabe, pois não sabe?! Ui, ui, ui, sempre que o vejo a patinar, até me estatelo ao comprido na minha jovial naturalidade, vida a minha, até as minhas emoções se esboroam, transmitindo-me um tumulto de vibrações luminosas... Mas, agora, nem sei o que dizer quando o vi (atente na imagem) a cumprimentar um robô, franja a minha! Leia, não se faça rogado, leia comigo um texto que escolhi dos "Mundos Paralelos" do Michio; e, depois, falemos sobre a civilização tipo 1 (a nossa actual civilização ainda é tipo 0,7, sabe, pois não sabe?), sempre quero perscrutar a sua mente... Ah, já me esquecia, a civilização tipo 1 é uma civilização planetária que usa toda a energia que recebe da sua estrela. Adiante. Vamos lá ler o texto, enquanto exploramos o metal dos sentimentos na mina da sensualidade. Diz o excelente Michio:
“Pessoalmente, longe de me sentir deprimido pela imensidão do Universo,
estou impressionado com a existência de mundos inteiramente novos a seguir ao
nosso. Vivemos numa época em que estamos a começar a exploração do Cosmos com
sondas e telescópios espaciais, com teorias e equações.
Também me sinto privilegiado por viver num tempo em que o nosso mundo está
a dar passos tão heróicos. Estamos vivos para presenciar o que talvez venha a
ser a maior transição da história da humanidade: a transição para uma civilização
de tipo 1, talvez a a mais significativa, mas também a mais perigosas transição
da história da humanidade.
Outrora, os nossos antepassados viveram num mundo cruel e hostil. durante a
maior parte da história, as pessoas tinham uma vida curta, uma vida selvagem, e
a esperança média de vida era de cerca de 20 anos. Viviam à mercê do destino,
do terror constante das doenças. o exame dos ossos dos nossos antepassados
revela que estão incrivelmente gastos, o que testemunha as cargas que
transportavam diariamente; também exibem marcas indiciadoras de doenças e de
acidentes horríveis. Mesmo no século passado, os nossos avós viviam sem os
benefícios das medidas sanitárias modernas, dos antibióticos, dos aviões a
jacto, dos computadores e das outras maravilhas da electrónica.
Os nossos netos, contudo, viverão na alvorada da primeira civilização
planetária da Terra. Se nós não permitirmos que o nosso instinto brutal para a
autodestruição nos consuma, os nossos netos poderão viver numa idade em que a
miséria, a fome e a doença deixarão de ameaçar o nosso destino. Pela primeira
vez na história, temos ao nosso dispor os meios para destruir toda a vida na
Terra ou para transformar o planeta num paraíso.
Quando era criança, muitas vezes perguntava como seria a vida num futuro
longínquo. Hoje acredito que, se pudesse escolher viver noutra era qualquer da
humanidade, escolheria esta. Vivemos hoje o tempo mais excitante da história do
homem, o ponto culminante de algumas das maiores descobertas cósmicas e avanços
tecnológicos de todos os tempos. Estamos a fazer a transição histórica de
observadores passivos da dança da Natureza para nos transformarmos em
coreógrafos dessa dança, com a capacidade de manipular a vida, a matéria e a
inteligência. Contudo, a esse tremendo poder acresce a grande responsabilidade
de garantirmos que o fruto dos nossos esforços será usado sensatamente e para benefício
de toda a humanidade.
A geração actual é talvez a geração mais importante da humanidade. Ao
contrário das gerações anteriores, temos nas nossas mãos o destino da nossa
espécie: ou nos elevamos cumprindo o nosso destino como uma civilização de tipo 1 ou caímos no abismo do caos, da poluição e da guerra. As decisões que
tomarmos irão repercutir-se no presente século. O modo como resolvermos as
guerras globais, a proliferação de armas nucleares e a guerra sectária e étnica
erguerão ou deitará por terra as bases de uma civilização do tipo 1. Talvez a
finalidade e o sentido da actual geração sejam garantir a suavidade da transição
para uma civilização do tipo 1.
A escolha é nossa. Este é o legado da geração actual. Este é o nosso
destino."
Michio Kaku
Gostou do arrazoado do Michio? Claro que gostou... Mas (olha a novidade), meu caro ancorado no hífen entre o nada e o ideal, diz o Michio que "estamos a fazer a transição histórica de observadores passivos da dança da Natureza para nos transformarmos em coreógrafos dessa dança"... Bah! Há tanto tempo já que eu me sinto coreógrafa da dança da Natureza! Sou assim, que se há-de fazer, coreógrafa e linda, realizo actos poéticos tão só porque existo; sabe que eu domino a arte de embrulhar os instintos no papel celofane da espiritualidade? Agora, meu caro adorador dos meus mimos (que atrasada estou), vou ver nascer a madrugada, espera-me o âmbar da manhã. Ah, ainda lhe conto que outrora, na ilha das fadas e quando eu era menina, a minha mãe penteava docemente os meus cabelos, e (oh céus) caíam pérolas.
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