A sério, não diga, nunca tinha ouvido falar em "green fingers"?

 Calling Green Fingers for the Fota House Plant & Garden Fair                     Calling Green Fingers for the Fota House Plant & Garden Fair

(mensagem recebida)

Bom dia! O que é mui curioso, e sobre isso não posso alargar-me, é até que ponto - depois de ler este pensamento estruturado sobre a possibilidade dos seres humanos poderem usar o sentido do tacto para se envolverem com as plantas -  não se fica com a ideia de que passamos parte da vida a apanhar bonés, que é como quem diz que não damos atenção ao que nos rodeia. Mas é ffffabulástico, lá isso é, gosto, neste momento até estou a realinhar um pensamento oblíquo interior, dias há em que sou um feixe de nervos. Vai daí, mania minha de contrariar, escolhi a imagem que lhe envio para associar uma qualidade comum a duas sensações. Sem fala, está sem fala e sem saber o que dizer, estupefacto, olha  a novidade nenhuma, também eu partilho da sua alegria artística. Claro que sim, é uma belíssima ilusão de óptica que não dura muito, mas que nos oferece sensações múltiplas e diferentes, adiante. Saiba, meu caro, que há muito me preocupo, digo, que há muito me ocupo com o mundo das plantas, recorda-se disto e disto? Adiante, o dia me chama e ainda tenho de responder à sua pergunta "o que é a realidade?". Vamos lá. Em posição supina siga o meu pensamento à volta de uma imagem suscitada pela vida, esta: fim do dia, uma mesa de vidro redonda plantada num chão limpíssimo, uma hora de tempo e o sabor do chá, bebido numa linda tigela de porcelana branca, que carregava a esperança de dias intactos e plenos. Meu ciumento admirador, aquela uma hora de tempo não foi apenas uma hora, aquela uma hora de tempo foi um vaso cheio de perfumes, de sons, de projectos e de climas, eu o sei, eu o escrevo. Aqui vai então a resposta à sua pergunta: aquilo a que chamamos realidade é uma determinada relação entre aquelas sensações e aquelas recordações que nos rodeiam ao mesmo tempo e que não nos largam vida fora e que sempre nos reconduzem à verdade sentida. Meu Deus, conhece aquela imagem suscitada pela vida e diz-me que entendeu a minha resposta e que esta se pode transformar numa máxima?! Sinto-me muito lisonjeada, céus, os caminhos da Divina Providência são inescrutáveis, que bom é conhecer o resultado desta sua viagem mental no tempo! A sério, não diga, nunca tinha ouvido falar em "green fingers"?

Adenda - ... com memória..., e também ainda.

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