Amedrontados pelo Presente funesto e ruidoso
Amedrontados pelo Presente funesto e ruidoso,
Despertámos ansiosos de um Sul arcano
Uma quente era desnuda de instintiva posse,
Sabor vivaz numa boca inocente.
Vinda a noite, em casa, sonhámos dançar
Nos salões do futuro: cada ritual labiríntico,
Um plano musical, que um coração musical
Segue na perfeição os seus perfeitos rumos.
Que inveja dos ribeiros e das casas, falíveis
Sem dúvida, mas nunca fomos
Desnudos e mansos como uma grande porta,
E jamais perfeitos como as fontes:
Vivemos, por necessidade, livres,
Povo montês que pelos montes erra.
W. H. Auden
Sonetos da China, XVIII
Adenda - Hoje também é dia para ouvir (e pensar com) Vandana Shiva.
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