John Keats (1795/1821): a poesia da terra jamais cessa
A poesia da terra jamais cessa:
Quando todos os pássaros languescem ao sol ardente,
E se escondem nas frescas árvores, uma voz corre
De cerca em cerca ao redor do prado recém-ceifado;
É o Gafanhoto – ele rege
A luxúria do verão – nunca finda
Suas delícias; pois, quando exaurido em alegria,
Repousa sob alguma boa erva daninha.
A poesia da terra jamais cessa:
Numa solitária noite de inverno, quando a geada
Traz o silêncio, do fogareiro sibila
O canto do Grilo, sempre mais quente,
E semelha alguém perdido na sonolência,
O do Gafanhoto entre verdejantes colinas.
Adenda..., com memória.
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