Sinfonia em Rosa (1923-2023)
Symphony in Rose, 1923 - Alexej von Jawlensky
Que lhe digo eu há já um ror de anos? Ouvi perguntar - no cair lento da chuva miudinha - a voz da minha consciência crítica, que é o meu preferido quebra-mar. Há quanto tanto tempo lhe digo eu que nas obras de arte viajam segredos clandestinos? Insistiu, espicaçando-me. E eu, moita carrasco, caladinho, deixa lá ver o que ela quer desta vez, descansei-me, algo de muito novo aí vem. Estava eu, continuou ela incisiva, estava eu a apreciar algumas obras de Jawlensky quando, ao entrar na "Sinfonia em Rosa-1923" (uma tronitonante variante de mim própria), um pensamento terrível e descabelado me assaltou, que cretino!, este: que "Portugal de pantanas em 2023", será o resultado (mais um outro!) de uma destrambelhada política "Sinfonia em Rosa"; céus!, exclamou aflita, ainda nem estava em mim, quando aqui li, credo!, que: “Quase 48 anos depois do 25 de Abril, Portugal e quem o governa estão condensados no “Já posso ir ao banco?” proferido por António Costa. Costa-Marcelo fizeram de Portugal o pedinte-pândego da UE.”. Pode lá ser!, que lhe parece a si?, quid juris?. Não lhe dei troco, mas preocupado perguntei-me: e se ela estiver certa? Claro que estou certa e não me apetece nadinha rendilhar frases em tempo de eleições albanesas. Sem se despedir, ditou: (cem anos depois) alguém vai borrar a pintura de Alejev von Jawlensky; e eu, polímata, já sei quem é, nem o dinheiro da Europa nos vai salvar, até "bazuca é nome pífio e anacrónico, pois não é?, vida a minha!, Pai nosso que estás em Belém, acorda e cuida de nós e protege-nos do mal, agora e em 2023! A ver vamos!, comentei eu com os meus botões. Mas que Roquentin entenderia, lá isso endenderia!, ouvi os meus botões a suspirar.
Adenda 1
Sem tabus de qualquer espécie, há que ouvir com atenção.
Adenda 2 (29/06/2021)
Palavras para quê? O governo do PS no seu melhor: imbatível!
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