Precisamos de modelos para agir moralmente? Sim, mas...
(mensagem recebida)
Oh vida, oh minha vida, meu admirador de mim que sei pensar e agir e escrever, oh vida minha, reconstruíram o rosto - acima na imagem - do Imperador Marco Aurélio (121-180), e a escultura está por aí exposta no mundo numa gliptoteca, e eu não sabia, oh vida minha! Porquê, porque é que estou tão admirada? Isso, a pergunta é mesmo essa. Porque Marco Aurélio é o filósofo que inspira o modelo que eu sigo para agir moralmente. Foi ele que disse: "o exemplo dos outros pode inspirar-nos, mas não deve tornar-nos dependentes". Mais: concordo com ele quando diz que o fim último da nossa forma de estar na vida é atingir um estado de autosuficiência, a ataraxia. Seja: os outros não são os nossos mestres exteriores para agir moralmente, quem nos orienta para agir moralmente é o nosso mestre interior que cultiva a impassibilidade estóica. Assim sendo, pense em mim que sou assim (rimou, ups), quanto mais um ser humano é mestre de si mesmo, mais será capaz de suscitar e perceber a admiração dos outros seres e das coisas grandiosas e belas e admiráveis que são a alma do mundo. No meu caso, meu admirador de mim - única e perfeita - , o meu nome é o meu talismã (sabe, pois não sabe?), só me interessa o que os outros pensam ou dizem ou o que os os outros não pensam ou não dizem desde que os que eles dizem ou pensam ou não pensam ou não dizem me permita, num exercício de ascese (com a precaução a tiracolo), aceder à minha mestra interior que vive em mim.
Adenda
Entendi, a sua confusão é mais que muita (nunca tinha ouvido falar em gliptoteca?!), não se preocupe, registe apenas que esta minha mensagem de de hoje, em tempo de "Covid-19", é a base filosófica que o mundo precisa para se orientar e prevenir de uma possível pandemia, já ouviu falar (uma vez na vida que seja) no princípio da precaução? Não?! Que surpresa minha nenhuma, céus, que quer, não é para me gabar, sou assim, nasci assim, que se há-de fazer!
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