No que temos em comum descobrimos como somos diferentes

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mensagem recebida
Santa Maria da Moral Política, ontem, meu caro, dei comigo (tinha aguçado os ouvidos à espera das palavras), dei comigo a admirar a prosápia moralista de uma série de (ditos) políticos a perorarem num debate televisivo: uma sensaboria com algumas tiradas ora esmocadas ora rançosas ora gabarolas (mas perdoáveis), houve momentos em que o debate chegou a ser mais que engraçado. Sim, disseram algumas verdades, mas enfim, adiante, a verdadinha é que os partidos do regime é que são os donos disto tudo. Políticos representantes de quinze partidos num debate, pode lá ser! Mas não é que é! Sabe porque é que a televisão pública (que também nos palma dinheiro na factura da electricidade) abocanha metade do orçamento do Ministério da Cultura? Sem mais comentários, para lhe falar com franqueza fiquei descorçoada. Mas tirei uma conclusão, e tomei uma decisão (rima cretina, dá de frosques!): fui ler o livro do filósofo Jesse Prinz, cuja capa encima este minha mensagem. Elucidativa a imagem, pois não é? Só falta tirar olhos. Mas mais. Depois de também ter digerido este estudo, percebi, vida, só hoje, que há sete (7) regras morais universais, seja, que todos os seres humanos (neste mundo) partilhamos um código moral comum, constituído por sete comportamentos cooperativos: (i) ajudar a família, (ii) ajudar a comunidade a que se pertence, (iii) devolver favores, (iiii) ser corajosos, (iiiii) respeitar os mais velhos, (iiiiii) distribuir de maneira justa os recursos, (iiiiiii) respeitar a propriedade dos outros. Numa linguagem mais simples: todos (e todas) estão de acordo em que cooperar e promover o bem comum é correcto. Pergunta que me sobra: a teoria da moralidade evoluiu para promover a cooperação, mas se há vários tipos de cooperação então há vários tipos de moralidade, certo?
Adenda
Pois sim, concordo, lá está outra e mais uma vez o número 7 (sete). Céus, não sabe que os números têm qualidades?! Não sabe, e diz-me que não abre mão de mim, que tenho que lhe explicar? Que surpresa, o farei quando tiver (se tiver) tempo e vagar, desde que (e só se) me acene com um poeminha, está bem de ver. Ou, sim, pode também ser: desde que me acene com um ramo de rosas. Céus, olho agora da minha janela a paisagem e lá em baixo a ribeira arrasta areias e éclogas, gosto!

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