Oráculo: procura e crê, tudo é oculto
Adora
nesta manhã quente
a vida que é grácil e aparece
….
esquece a vida não mente a ciência na inútil gleba lavra
tem fé neste poema o nome de uma deusa é uma palavra
Adenda (mensagem recebida)
Nem lhe digo e nem lhe conto, meu admirador! Quando dei de caras com a imagem que encima o poeminha de hoje, disse de mim para mim: vem mesmo a calhar, que quereria a Lee Krasner quando lhe chamou "The Seasons"? Respondi-me: ora essa, queria mostrar (ups!) que tudo é oculto. Que quer, sou assim de nascença: veloz no ver e pausada no sentir. Se descobri no poeminha o nome de uma deusa? Um deus me deu a o poder e a vontade o fazer, claro que descobri, foi canja, cá no meu pensar até todas (e cada palavra) têm a ver comigo, olha a novidade. Adiante, por onde anda o meu poeminha medieval, sabe? Não sabe! Pois então, aí tem a tradução (livre) para português-romance deste seu poeminha de hoje: "Non ei ren que non se esconda/sabede ben por mais certo/meu nome é encoberto/que ren vos confonta/o faço de muy gran dereito/pois quero vosso proveito". Gostou? Eu sim. Muito bem, calma, eu traduzo: "Não há nada que não se esconda/sabei bem com certeza/o meu nome está encoberto/o escrevo com vontade/pois vosso proveito quero". Lhe digo mais: então não é que criei o meu nome livre de pensar independentemente de mim? Não percebe como é que o meu nome pensa independentemente de mim? Que novidade, que surpresa nenhuma a minha! Esforce-se, não seja calão, pergunte ao Fernando Pessoa: quem sabe, ele, em dia sim e com paciência esotérica, o esclareça!
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