A propósito do valor anacrónico da multisensorialidade


mensagem recebida)
Foi assim, meu admirador de mim e da minha distinta e elegante beleza, foi assim, seja... Fiquei a matutar na importância da música e até numa gargalhada vadia tropecei quando, ontem, (re)ouvi uns neurónios a fabricar, digo, a fazerem música. Então, e a escrever poesia multisensorial: como é que eles se portam? Perguntei-me. Ainda dizem que não há milagres, então não é que, nesse preciso instante, apanhei no ar uma mensagem, que me era dirigida em jeito de pergunta, feita em voz suave, esta: sabias que Handel escreveu (em música) uma Ode para o aniversário da Rainha Ana de Inglaterra, em 06 de Fevereiro de 1713? Belíssima data, atrevi-me a responder (sei eu lá bem a quem (rima do catrino, pira-te), e ainda frisei que gosto muito do início de Fevereiro, que o início de Fevereiro tem muito a ver comigo. Senti um sorrisinho na voz, juro, adiante. E, quando ela me dizia: sabes que essa Ode é uma das músicas mais bonitas compostas por Handel, pode lá ser, meu admirador, comecei, naquele momento, a ver as imagens que lhe envio. Nossa Senhora das Parecenças Anacrónicas Inusitadas, vi-me a mim, vida! Não me acanhei, sou assim, que quer, e disparei: o primeiro movimento daquela belíssima Ode "Eternal source of light divine", com solos de contratenor e trompete, dá cabo de mim, até a alma se me arrepia, mas gosto. Diz-lhe isso a ele, respondeu-me a voz, diz-lhe que oiça e que pense em ti em jeito de multisensorialidade extensa activa. Que quereria a voz dizer com "multisensorialidade extensa activa"? Ponto final, antes que me espalhe, aqui tem a razão de ser da minha mensagem de hoje. Espero que goste tanto quanto eu do valor anacrónico da multisensorialidade, preciso de café e de um pastel de nata regado com canela, já o dia me chama, só a mim, sempre a mim!

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