Na vida dos seres humanos a música é um exemplo de exaptação
Na
imagem, mesmo que se faça um esforço, o piano parece estar
deslocado, e não está. Trata-se tão só do registo (num
festival em 2016) do cumprimento do sonho (por Pierre-Laurent
Aimard) de um compositor sinestésico Olivier
Messiaen, seja: "mostrar",
através do som de um piano, um desfile de pássaros que cantam sem
cessar... Ritmo
- Ver cores nos sons - Pássaros - Deus: foram
estes os quatro pilares da vida de Olivier Messiaen. "A inexprimível profundidade da música", escreveu Shopenhauer, "tão fácil de compreender e tão inexplicável, deve-se ao facto de reproduzir todas as nossas mais fundas emoções, mas desligadas da realidade e das suas dores (...) A música exprime apenas a quintessência da vida e dos seus acontecimentos, e nunca os acontecimentos em si". Registe-se que ouvir música não é uma experiência apenas auditiva e emocional, é também motora. Não há dúvida de que tendemos (involuntariamente) a acompanhar o ritmo da música (mesmo quando não conscientes dela), e, ainda, não só as nossas expressões e postura "espelham" a narrativa da melodia quanto também mostram os pensamentos e as sensações que a música provoca. "Ouvimos música com os músculos", escreveu Nietzche.
Adenda 1
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