Ele há cada coincidência (ou talvez não)!
(Mensagem recebida)
Não tem nada que saber, nada, nadica de nada, meu admirador de mim única, não tem nada que saber, seja, (ui, tantas vírgulas), li o seu silencioso poeminha de ontem com os meus olhos grandes ainda mais bugalhados. E, vida, Nossa Senhora do Sorriso Perfeito, então o meu sorriso inspira-o? Fico muito feliz, estranho fascínio o meu, até corei. O seu, digo, o meu poeminha vai para o meu novo caderninho argolado (o do Caravaggio), vai ficar arrimadinho a um desenho de carvão a modos que geométrico e com pontos luz (adorava que o visse). Mas, pode lá ser, então não é que (só ontem o descobri) um tal de Greg Dunn me rapinou a ideia que subjaz aos meus desenhos? Pode lá ser! Cérebro e Beleza e Inteligência e Emoção (não é para me gabar) são coisas que não me faltam, verdade? Adiante. Sempre quero ouvir o que esse tal de Greg aqui diz, vida minha, se eu nem o conheço, pode lá ser! O desenho que lhe envio (na imagem) é meu ou dele? Vida, é dele, mas é igualzinho, tal qual o meu, é um dos meus desenhos rabiscados que se acoitam (e que dormitam e adormecem) no meu caderninho argolado. Ele há cada coincidência (ou talvez não)!
Nota
Desculpe, já me esquecia... Ontem, os meus amores perfeitos floriram no meu terraço com linha de horizonte-água; e, à noite, vida, tudo a mim me acontece, vi um astro a inclinar-se (furtivamente) a ocidente no céu, a lembrar-me o regresso eterno da primavera. O meu pensamento naquele instante voou para si, acaso já aí chegou? Estas coisas são para mim milagres que se relacionam entre si, mas, que quer, também sou um milagre diário, o seu destino acontece em mim, medite, ponto.
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