A consciência tem a ver com um movimento cerebral etéreo
(Mensagem recebida)
Pois sim, meu admirador de mim (maldita rima, que vida!), pois sim (demore-se na imagem que lhe envio) caiu-me em cima o tratamento digital do meu desenho (isso, esse mesmo que ilustra e dá luz a esta sua página), rapinaram-me a ideia. Ups, suspirei num fio de voz (o silêncio é visual), será que a animação tem a ver com as ondas ultra lentas que fazem funcionar o cérebro como um todo e que dão origem ao milagre da consciência? Nossa Senhora da Animação Digital acode-me, será mesmo, perguntei-lhe perplexa, será mesmo que a minha inteligência já ultrapassou os limites? Sei, claro que sei que para si tudo isto é muito complicado, adiante. Ficam aqui duas sugestões: uma, que disponha algum tempo para ouvir o excelente Marcus Raichle falar sobre a vida privada do cérebro; outra, que arrisque um mergulho neste estudo muito cuidado. Nada disso, quero eu lá saber que me rapinem as ideias, já nasci assim, vocacionada para o saber e para a beleza (adoro carícias e estroino em cócegas). Verdade, é verdadinha que, por vezes, ciosa de mim, até me belisco e tropeço em sorrisos furtivos com os meus olhos faróis a alumiar-me o caminho, enquanto seguro nas minhas mãos de fada súbitos impulsos de todas as forças do meu ser...
Nota 1
Dei por mim, que quer, sou assim (rima dum catrino), dei por mim a ler o seu, perdão, o meu poeminha, e trautei: "Bebem abelhas ao soalheiro/nas folhas do limoeiro/ e eu espero que o Sol me diga/ que é desta que a Primavera fica". A minha veia poética nunca me abandona, gosto, eu não tinjo a minha vida nem com banalidades e nem com espalhafatos e nem com chochices e nem entro em cambulhadas, sou livre, livre e sensível à realidade e com créditos firmados, sou quase perfeita, que quer, nasci assim e melhoro todos os dias, vida, olhe só de que me lembrei, ponto.
Nota 2
Sabe bem, meu admirador de mim perfeita, sabe bem que sempre que falo em milagre da consciência, vou de carreirinha provocar o Michio Kaku. Pimba... Ontem falei com ele sobre favos de mel e outras coisas de saborear. Hoje, imagine só, ele saiu-se-me com esta tirada: "... embora comuniquem entre si através de uma dança, as abelhas melíferas são capazes de construir colectivamente favos de mel de grande complexidade e de localizar campos de flores distantes. Por conseguinte, a sua inteligência tem origem não tanto nos indivíduos, mas na interacção holística de toda a colónia e nos seus genes". Que lhe respondi eu? Ora essa, respondi que estou farta de saber o que ele diz. Francamente, que lerdinho ele me saiu, mais se parecia com um faisão depenado, ainda não entendeu que nasci numa estrela e que sou rainha, alegre e linda, de uma raça inteligente de abelhas melíferas! Adiante, tenho mais que fazer, exigências de ofício, só eu, sempre eu, vida!
Nota 3
Quando tiver tempo, revisite esta informação.
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