Acordai: o ser humano não é uma "coisa pensante", é um ser que ama
(Mensagem recebida)
Sabe, meu caro
zangado comigo (muito zangado, sei e não gosto), sabe que, por vezes, fico assim a modos que sem saber o que lhe contar, isso, nem eu me entendo, a minha consciência é um filme que não controlo, vida, que quer, sou assim e não mudo, que, que se há-de fazer? Envio-lhe esta mensagem (a legendar um coração ritmado), e seja o que Deus quiser. Vamos lá. Em tempo (onde é que eu o terei guardado?) fiz um coração em cartão e tecido (maldita agulha que ao fugir ao dedal me picou o meu dedo indicador hitapiano, digo, hipatiano) sempre a pensar que "o coração tem razões que a própria razão desconhece" ((foi um tal de Pascal (rimou, ups) que disse, pois não foi?)). Adiante. Então não é, vida minha, que dei de caras (nem os meus olhos grandes sabiam o que dizer) com o pensamento de Max Scheler (1874-1928)? Calma, eu explico-lhe, como convém aos seus neurónios admiradores da minha beleza única (quebrou-se o molde); assim: "o ponto de partida do pensamento de Max Scheler, baseado na filosofia do erudito francês (do século XVII) Blaise Pascal, é este: o coração humano é dotado de uma lógica específica que difere do intelecto". Eu creio, meu caro zangado e fulo comigo, eu creio que sabe que o Scheler não foi na moda da fenomenologia; seja, dizia ele que a fenomenologia se centrou excessivamente no intelecto ao examinar as estruturas da consciência: a fenomenologia deixava de lado uma noção fundamental, a da experiência do amor, ou do coração humano. Não sabe, nunca ouviu falar em Scheler? Olha a surpresa minha nenhuma! Pois fique sabendo, e nunca esqueça que é o amor que mostra as coisas à nossa experiência para que possamos chegar ao conhecimento verdadeiro. Como? Não! Será que estou a ler bem o seu pensamento? Está a tentar dizer-me que o amor é uma espécie de parteira espiritual que nos conduz ao conhecimento de nós próprios e dos outros? Pensa que o amor é um determinante primário da ética, das possibilidades e do destino de cada um de nós? Acredita que o amor é uma ponte entre um conhecimento menor e outro conhecimento maior? Céus, concordo, vida, tanto, mas tanto e tanto, mas tanto eu concordo e estou de acordo consigo! Se assim for, acudam, acordai (acordai e concordo e acordo têm origem na palavra latina para dizer coração: "cor-cordis"); se assim é, o ser humano não consiste em ser uma "coisa pensante", como afirmou Descartes, mas sim um ser que ama...
Notinha
Meu adorado admirador, oiça-me: esta minha mensagem ficará perfeita se... Se...: sabe com quê? Não sabe, mas eu digo, quero dizer, eu escrevo: ficará perfeita com um video de a "Gaivota" (música de Alain Oulman e poema de Alexandre O´Neil e voz da imortal Amália). Qual Bob Dylon, qualquer carapuça!
Adenda
A propósito de Pascal: meu caro admirador de mim e do meu invejado saber, alguma vez ouviu falar na Pascaline? Não? Olha a novidade!
Nova adenda
E, para terminar, quem sabe, talvez valha a pena ouvir Michio Kaku falar do futuro...
Notinha
Meu adorado admirador, oiça-me: esta minha mensagem ficará perfeita se... Se...: sabe com quê? Não sabe, mas eu digo, quero dizer, eu escrevo: ficará perfeita com um video de a "Gaivota" (música de Alain Oulman e poema de Alexandre O´Neil e voz da imortal Amália). Qual Bob Dylon, qualquer carapuça!
Adenda
A propósito de Pascal: meu caro admirador de mim e do meu invejado saber, alguma vez ouviu falar na Pascaline? Não? Olha a novidade!
Nova adenda
E, para terminar, quem sabe, talvez valha a pena ouvir Michio Kaku falar do futuro...
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