Ou me engano muito ou estou a ver o futuro
(Mensagem recebida)
Tenho que ser eu, meu caro, tenho que ser eu (mais uma vez, sempre eu!) a chamar a atenção para o essencial, vida a minha... Grassa neste nosso país uma polémica política (eleições à vista!) sobre o peso insustentável das pensões (as actuais, as próximas e as futuras) garantidas pelos fundos da segurança social e da caixa geral de aposentações. Os políticos (dos partidos que tudo mandam) ralham e baralham, seja: os partidos que agora governam querem cortar nas pensões actuais, o partido que quer governar diz que não corta nada mas que rentabiliza os fundos da segurança social com projectos de reabilitação urbana. Eu estou cá para ver e perceber, sempre linda e perspicaz, óbvio. Adiante que lhe quero falar de algo que me parece urgente (politicamente, está bem de ver). Porque é que a estatística não acompanha a organização administrativa e política, sabe? Ora atente no mapa "Divisão estatística de Portugal"... Acontece, meu caro, que uma organização (em rede) de que Portugal faz parte (aqui) se reuniu, neste mês de Maio, em Milão, e discutiu o papel das novas metrópoles criadas por uma lei italiana (Legge Delrio); uma lei de reforma política e administrativa do território: grosso modo, mantêm-se os municípios agora integrados nas novas metrópoles (correspondem às NUT III) que detêm um estatuto próprio que obriga à existência de um plano estratégico metropolitano e de um plano geral territorial. Fiquei a matutar comigo, meu caro... (1) Mas então (volte, por favor, a consultar o site da organização METREX) as actuais duas únicas áreas metropolitanas de Portugal (Lisboa e Porto) não fornecem dados ou não os têm?! Será?! (2) Não será que a mudança, operada em Itália, deveria ser objecto de estudo aturado pelos políticos que se agora se abalançam a eleições legislativas? (3) Quais, quais os efeitos (ao nível do desenvolvimento económico, do investimento, da criação de emprego e afins, da qualidade de vida, da protecção do ambiente e da biodiversidade e do património, da regeneração política e social, do sistema eleitoral, da reforma efectiva do Estado...) se podem vislumbrar: se, por hipótese, se criassem, em Portugal, trinta metrópoles que fossem activas e dinâmicas (por exemplo, desde logo, na utilização criteriosa dos novos fundos comunitários e na captação de investimento prioritário)?... Ou me engano muito ou estou a ver o futuro.
Reconheço, meu caro, reconheço. A minha mensagem de hoje tem um cariz marcadamente político. Desculpe, desculpe, desculpe. Tanto me incomodam as "atrapalhadices" de alguns políticos, que tenho de ser eu, sempre eu, a chegar-me à frente e a pôr ordem na fervura. A propósito de fervura... Quando ontem, linda de viver, passeava as minhas sapatilhas novas rua abaixo, lembrei-me de si e da sua admiração por mim. Imaginei-o a olhar-me... Diga-me, vá lá, diga-me se acertei ou não: nos seus olhos faiscava um azul-água-marinha e na sua boca entreaberta pousava aquela perpétua interrogação das pessoas maravilhadas... Verdade? Claro que acertei. Sou assim, vou ser sempre assim, que se há-de fazer!
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