O que é o bem-estar da mente?
A propósito desta (curiosa) exposição, importa primeiro ler uma e outra e ainda outra notícia; de seguida, investir algum tempo na análise dos dados apurados neste estudo (e dando uma atenção especial ao conteúdo das pp. 49 e seguintes) ... Finalmente, e agora já uma intencionalidade maior, confrontar o programa (visível) da referida exposição com os temas (resumo alargado) destes interessantes dois livros... O que é o bem-estar da mente?
Adenda (mensagem recebida)
Ah, e o amor cura, cura mesmo, não esqueça, ainda que: "No cure for love"... Até manifestações físicas da depressão desaparecem (sabe o que é, meu caro, estar à beira da anorexia, ter acne adulto e multirresistente e ter alterações de humor constantes, alternando entre a euforia e a apatia?)…, o amor cura: a alegria de viver volta, o corpo altera-se e fica mais bonito. Tenho a certeza de que os meus genes se alteram (a ciência já explica muito bem que os nossos genes se alteram ao longo da vida) e que o cérebro se restabelece. Se existirem medicamentos que ajudem a restabelecer algumas funções químicas do organismo, melhor ainda. O que tem cura, cura-se. Os que nasceram para não serem curados, merecem ajuda.
Adenda (mensagem recebida)
Parece que vamos ter bom tempo nos próximos
dias, é uma boa notícia, não é? Ai, pois claro que é! Um dos meus primeiros pensamentos do dia foi "no domingo podíamos ir tomar um cafézinho à tarde e à beira mar". Que tal? É óptimo e dá saúde, esse bem tão precioso...
Muito interessantes os dois artigos sobre o
bem-estar da mente ((as notícias não têm tanto interesse, só falam de crise e
passam a ideia de que o nosso país (o país que eu escolhi para viver) é atrasado, mas eu não acredito que nos
outros países a situação das pessoas e as políticas de saúde sejam assim tão
melhores, basta ver o tipo de exposição que os nórdicos e os franceses, que
considero bastante tacanhos e atrasados, fizeram sobre o tema da loucura)).
Não gosto, meu caro atarantado, da expressão "doenças
mentais", porque acredito que as psicopatologias devem ter origem no mau
funcionamento de funções cerebrais ou em questões genéticas que as determinam. O
meio social e cultural poderá acentuar as implicações que tais
disfuncionalidades causam nos aspectos fisiológicos e no comportamento - por
exemplo, se eu tiver um gene que me predispõe à depressão, os
circunstancialismos que rodeiam a minha vida podem potenciar a manifestação de
um comportamento depressivo, isso até já me aconteceu a mim que sou fada, sei
bem de quem herdei o gene e até conheço a história desse gene… Adiante.
Os
relatos familiares abrem luz sobre estas coisas da vida, porque são efectivamente
desafios da vida e não apenas problemas na vida de um doente como se diz na
informação da exposição que vai acontecer, pois os reflexos das condutas de um
doente estendem-se a toda uma família e vão mesmo para além dela, no trabalho,
na rede social de amigos e de vizinhos.
Conheço bem o caso de uma rapariga que tem um
irmão a quem foi diagnosticada esquizofrenia, ela e a mãe vivem horrores e
tornaram-se, também elas, pessoas perturbadas, pois é dificílimo viver com
alguém que têm de fechar à chave no quarto à noite, porque correm o risco (real
e sério, do qual estão avisadas e conscientes) de serem mortas por ele enquanto
dormem. Como é que se pode defender com tanta ligeireza a
desinstitucionalização destes doentes? Como é que se pode afirmar que são
doentes como os diabéticos e que podem ter uma vida normal, que somos os maus
da fita porque os discriminamos? Deve um criminoso ser encarado como
um doente, ao invés de um culpado, visto que hoje se sabe (dizem-me e garantem-me) que existe um gene
que predispõe ao crime?
Acho fundamental, meu caro, que a psicologia
meramente especulativa e experimentalista (que vigorou durante mais de um século) seja substituída pelo conhecimento do cérebro e das suas redes neurais, pelas
neurociências que, parece-me, de mãos dadas com a tecnologia mais
recente (e segura), vão começando a descortinar o funcionamento do cérebro e
procurando as respostas terapêuticas que corrijam as anomalias detectadas. Acima
de tudo, é preciso ter bom senso e realismo face à doença e face às pessoas.
Meu caro amigo, ainda se sabe tão pouco, mas
tenho a certeza que comprimidos que deixam as pessoas apáticas e choques eléctricos
na cabeça não curam depressões... Sabe como se curam? Com autoconhecimento e
meditação, ajuda de pessoas em quem se confia e que ajudam a ter pensamentos
positivos, frequentando lugares bonitos e fazendo o possível para aceder a actividades
que dêem uma sensação de bem- estar…Ah, e o amor cura, cura mesmo, não esqueça, ainda que: "No cure for love"... Até manifestações físicas da depressão desaparecem (sabe o que é, meu caro, estar à beira da anorexia, ter acne adulto e multirresistente e ter alterações de humor constantes, alternando entre a euforia e a apatia?)…, o amor cura: a alegria de viver volta, o corpo altera-se e fica mais bonito. Tenho a certeza de que os meus genes se alteram (a ciência já explica muito bem que os nossos genes se alteram ao longo da vida) e que o cérebro se restabelece. Se existirem medicamentos que ajudem a restabelecer algumas funções químicas do organismo, melhor ainda. O que tem cura, cura-se. Os que nasceram para não serem curados, merecem ajuda.
Façam o possível por isso, senhores pensadores
cientistas médicos e afins. Se precisarem de juristas para os "enquadrar"
(soa esquisito, parece que é pô-los num quadrado, mas não é isso, é mais
garantir-lhes um estatuto de dignidade, de direitos e garantias, visto que
alguns são vulneráveis, e também garantir a segurança de todos nós, tendo em
conta que muitos doentes são perigosos, não vale a pena fingir que não são) contem
comigo que com o direito faço malabarismos dia sim dia sim…
Olhe, meu caro, finalmente e sendo muito
sincera, este tema não é fácil... Há coisas bem melhores para se pensar e fazer.
Sabe do que sinto a falta?! De um cafézinho no domingo à tarde e à beira mar. Que tal? É óptimo e dá saúde, esse bem tão precioso... A sua resposta é talvez?! Uhm, cheira-me a esturro!
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