O tempo das palavras ditas e não escritas
Desde o mês de Maio de 2012
(especificamente através de textos inseridos nas etiquetas “Via Graça”, “Arte e
Vida” e “Poesia”), quis que as palavras escritas em textos pensados, transportassem uma magia
especial: libertassem a inteligência das
palavras, fazendo com que os meus sentidos acordassem para a
realidade e para o mundo de um ser-a-vir que respira e se faz gente todos os
dias. Ser-a-vir (uma fada muito inteligente e muito sábia e muito humana) a
quem devo (dívidas muitas e acumuladas!) não só a renovação de um laço com uma vida mais
ampla mas também a convicção de que é imperativo sair de um futuro mentalmente
visionado e entrar de forma decidida num presente
sensorial. Sobra-me a certeza que, em contraste com o carácter (aparentemente)
ilimitado do mundo tecnologicamente mediado, há o mundo sensível das
interacções directas onde as pessoas se esculpem todos os dias. Sim, é verdade: com o nosso sistema nervoso ligado por sinapses a
um computador, esquecemos que o sol se põe no nosso lado do mar para que a lua se erga acima dos nossos telhados. Chegou o tempo das palavras ditas e não escritas.
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