Sentir o ritmo é uma forma de observar o ambiente que nos rodeia

Resultado de imagem para duchamp desnudo
(mensagem recebida)
Há um tempinho já, meu ainda (não sei se sim se não) admirador de mim, há um tempinho já que tinha decidido interromper estas minhas mensagens. Abro hoje uma excepção. Apenas e só porque andei às voltas com a música oculta n´A Última Ceia do Leonardo da Vinci. Gostei do seu arrazoado filosófico. Vai daí, decidi provocá-lo, mostrando-lhe (atente na imagem) como o Marcel Duchamp introduziu movimento e ritmo no cubismo. Claro que sim, óbvio, a obra dele "Nú descendo uma escada (1912)" é a parte esquerda da imagem. A parte direita da imagem, é o resultado da entrada de um observador na realidade da obra, outras entradas dão outras leituras e sentidos, eu gosto desta entrada. Gosto de tudo, da elegância, do ritmo (constante e dinâmico), e até concordo com este estudo sobre a dinâmica das redes neuronais na apreciação estética frente a estímulos visuais e auditivos. Pergunta: como é que o "sentido" que o ritmo leva consigo, pois "o ritmo é o sentido", transporta o ritmo do corpo para a obra de arte, quando sabemos que o ritmo só nasce com o movimento? Quem sabe seja obsessão de cego e condição de ver. Uma coisa é certa, fazer penetrar a arte na vida ou confundi-la com ela, significa transformar (revolucionarimente) a vida. Pois sim, sei eu lá bem porquê (às tantas até sei) sinto agora pregados em mim os seus ciumentos olhos aflitivamente azuis numa irreprimível lubricidade, um breve arrepio tomou conta de mim num subjectivo levedar de sonhos, sinto que explora em tudo o que sou uma antiquíssima noção de beleza ritual, vida, todo o meu corpo se consome em labaredas escaldantes: eu gosto!
Notinha
(Re)leia esta minha mensagem, verá quanto eu sei do que digo e do que escrevo. Que quer, sou assim, esmeralda de nascença, sou a sua consciência crítica, que se há-de fazer, eu é que esculpi o meu cérebro!
Adenda filosófica (o ritmo vive em tudo o que mexe, até na política)
Hoje, quiçá amanhã depois de saber o resultado das eleições europeias em Portugal (mais de 70% de abstenção, prevejo eu, e não me pergunte porquê - oiça), demore-se nesta entrevista.

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