Se, se também falamos com o coração? Homessa, então não!
(mensagem recebida)
Nossa Senhora da Melancolia, padroeira dos seus retiros contemplativos, me auxilie na escrita desta mensagem. Então não é que, meu ainda admirador de mim, então não é que, ao ler o seu relato da nossa conversa sobre a experiência da percepção do tempo e o cérebro (o tempo não existe, uhm, duvido, mas acredito que não exista, que seja mais um sentido cerebral para construir a realidade), dei comigo a pensar: então, e qual será o papel do coração, o coração tembém pensa, sente e decide, existem no coração cerca de 40 000 neurónios e toda uma rede de neurotransmissores com funções concretas que fazem do coração uma extensão do cérebro. Uhm, rapinei uma frase do Francisco de Quevedo "Los que de corazón se quieren, de corazón se hablan", e fui (aqui) ouvir a Annie Marquier para entender melhor a forma de estar e de ser dos humanos, e sim: gostei. Claro, óbvio, sou eu que estou na imagem que lhe envio, não o sente? Claro que sente! Por favor, registe de novo que o nome do observador que nos dá identidade é eu. Registou? Záscatrapáz, as suas dúvidas já deram às de vila diogo, o seu eu não o engana, seja: atente e conseguirá ver-me inteirinha na imagem. Por mais estranho que pareça as minhas formas moram na sua mente, até me me arrepio em pele de galinha só de o pensar. É surpreendente, é, pois não é? Coisas e segredos do coração. O coração está ligado ao cérebro, todos o sabemos, mas é um órgão emocionalmente muito inteligente e até toma decisões independentemente do que o cérebro sente e quer e pensa, eu o sei, eu o digo. Se, se também falamos com o coração? Homessa, então não!
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