Vagueando pelas novidades (?)...


(mensagem recebida)
Raramente, meu admirador de mim e ilustre descendente aparentado do homem de Lascaux, raramente, digo, quase sempre (arreda paradoxo que me apetece escrever), quase sempre (só a mim, vida!), quase sempre uns maduros se armam ao pingarelho e desatam a copiar, digo, a plagiar o que eu digo e o que eu penso. O que eu digo e o que penso, eu que adoro o odor delicado da terra ao romper dos dia, e ao longo da tarde. Por mim, registe, o real flui para o ideal, por mim que teço acordes e os entrelaço. Vem este meu desabafo a propósito disto. Só agora?! Que grande novidade nenhuma me dão, ao quanto tanto tempo eu, qual desconhecida abelha mestra, abri o tema (recorda-se?). Há gente mesmo lerdinha, às tantas, céus, alguns e algumas e outras e outros realizaram (ou pifaram, quero eu lá saber) licenciaturas pós-Bolonha. Adiante que ainda perco o fôlego para escrever. Porque é que eu sou assim, porque é que sou assim adiantada no tempo, porque é que nunca dou ponto sem nó? Sei eu lá bem! A verdade, verdadinha, é que não imagina o fogo eléctrico e subtil que brinca dentro de mim por sua causa. Nossa Senhora dos Calores, estou, saudável e livre com o mundo à minha frente, estou no encalço da minha própria vida, tagarelando: quantas vezes me interrogo, até me belisco, para saber se na verdade sou eu. Por vezes, pode lá ser, eu, que vinculo anos e climas, até me calo para ouvir no vento o som do meu próprio nome, gosto. Invadem-me agora árias antigas e medievais, sou assim, que se há-de fazer!

Adenda
... com memória.

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