As coisas fazem-se justiça segundo a ordem do tempo
(...)
"Começo
por um facto simples: o tempo passa mais depressa na montanha e mais
lentamente no vale. A diferença é pequena, mas pode ser medida com relógios precisos, hoje disponíveis na Internet por cerca de mil euros. Com um pouco de prática, qualquer um de nós pode constatar a desaceleração do tempo. Com os relógios de laboratórios especializados observa-se a desaceleração do tempo mesmo com poucos centímetros de desnível: o relógio que está no chão anda um bocadinho mais devagar que o relógio em cima da mesa. Não são apenas os relógios que desaceleram: em baixo todos os processos são mais lentos. Dois amigos separam-se: um vai morar para o vale, outro para a montanha. Passados anos, reencontram-se: o do vale viveu menos, envelheceu menos, o pêndulo do seu cuco oscilou menos vezes, teve menos tempo para fazer as coisas, as suas plantas cresceram menos, os seus pensamentos tiveram menos tempo para se desenvolver... Em baixo há menos tempo do que em cima. Surpreendente? Talvez. Mas o mundo é assim. O tempo passa mais devagar em alguns lugares, mais rapidamente noutros. O surpreendente é alguém ter compreendido essa desaceleração do tempo um século antes de termos relógios para medir: Einstein."
(pp. 19 e 20)
(...)
Adenda 1
... com memória e memória: dedos do tempo, foi mesmo o que eu li?
Adenda 2
... o tempo não existe.
Adenda 1
... com memória e memória: dedos do tempo, foi mesmo o que eu li?
Adenda 2
... o tempo não existe.
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