... a propósito de um lamentável episódio parlamentar

El cerebro moral
Quando li este texto de opinião a par e passo (também li toda a informação a que os diversos links permitem aceder),  recordei o conteúdo de um livro (muito interessante) de Patrícia S. Churchland. Concordando (na globalidade) com o autor do texto de opinião, prefiro, no entanto, considerar que o que está em causa, por um lado, é a ausência de comportamentos éticos (falta de vergonha, dirão alguns) por parte de alguns deputados (e deputadas); e prefiro considerar que, por outro lado, fica à vista um funcionamento pouco eficaz das estruturas de gestão do Parlamento e dos Partidos políticos.
Afirma Patrícia Churchland que aquilo que nós, seres humanos, denominamos de ética ou moralidade "é uma estrutura de conduta social em quatro dimensões e que é determinada pela interrelação de distintos processos cerebrais: (1) o cuidado ou a atenção para com os outros; (2) o reconhecimento dos estados psicológicos dos outros; (3) a resolução de problemas num contexto social; (4) a aprendizagem de práticas sociais.". Se assim é, aqueles deputados (e deputadas) bem podem limpar as mãos à parede depois das atitudes que tomaram.
Diz-me a minha consciência crítica que não, diz-me ela que os comportamentos daqueles deputados (e deputadas) são, tão só, um risível exercício de arrogância, de egoísmo e de impunidade, que são comportamentos autistas. Uhm, são comportamentos autistas ou são reprováveis comportamentos de políticos autistas? É a dúvida que me sobra, ponto.
Adenda 1 (mensagem recebida)
Daqui, meu caro, insiste a sua consciência crítica. Insiste assim: mantenho tudo o que lhe disse, seja, alguma (pouca) gentinha da política não presta. Não presta, e mais: aqui se prova que alguma gentinha da política faz jus à ideia de que os níveis de inteligência humana estão mesmo em declinio, adiante. Fim de mensagem.
Adenda 2 (mensagem recebida)
Meu caro, meu caro, que lhe dizia eu? Não lhe disse eu que se tratava apenas de alguma (pouca) gentinha da política? tem: um tiro, um melro! 
Adenda 3  (18/04/2018)
Explicado, explicadinho...

Comentários

  1. Não há palavras...
    Quando se diz que só se conhece uma ética - a republicana - tudo pode acontecer.
    João Dias

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