... racionalidade, linguagem ou incorporação humana?
(Mensagem recebida)
Tanto me faz, meu admirador ciumento e muito zangado, mas é que é mesmo, tanto me faz: acredite ou que não acredite, a verdade é que eu penso que estes maduros estão a arriscar muito. Veja bem. Dizem eles que no cérebro dos seres humanos (quando começam a aprender a ler, aí pelos cinco seis anos) se forma (não nasce) uma caixa de letras. Tudo bem, acalme-se, a imagem que lhe envio serve apenas para ilustar a minha teoria. Seja: duvido que no meu cérebro haja uma caixa de letras, creio (isso sim) que há um sensor de letras que as aspira (dos livros e da experiência) e desencadeia a minha imaginação única. Vida, se assim não fosse como poderia eu ter dito o que aqui disse? Não lhe dizia eu, há dias, que em muita da minha experiência, o meu corpo é simplesmente uma fonte transparente de percepção ou acção e não um objecto de consciência? Ele, o meu corpo, é aquilo a partir e através do qual percebo ou manipulo os objectos do mundo onde estou concentrada...
Adiante, mais, amanhã passado, lhe falarei sobre este assunto.
Adenda (poeminha)
Tengo
vista cansada.
Las letras
se me emborronan
sobre la página.
Curiosamente ahora
que empiezo a ver
con tanta
claridad
tantas
cosas...
Pero
no hay gafas
para
esto.
Karmelo
Iribarren
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