Clarisse Lispector: genial e misteriosa e enigmática
(Mensagem recebida)
Um doce, meu caro admirador de mim única, um doce à sua escolha é o que ganhará se identificar a genialidade da misteriosa mulher, digo, da misteriosa e elegante senhora (ubíqua de origem e de futuro) que dá sentido à imagem (imagem com muito mais de 40 anos) que lhe envio. Não sabe, que novidade! Tem bom remédio, demore-se aqui durante algum tempo. Depois, se quiser e se lhe apetecer, diga-me de sua justiça, quem sabe ainda ganhe um doce de ovos à sua escolha, quem sabe, talvez.
Nota de rodapé
Santo Deus,
meu admirador dia sim dia sim, estou a admirar a Clarisse, olho a sua (dela)
imagem e vejo-me tão mim, tão mim, que até me
arrepio, pode lá ser! O seu corpo bonito (dela) e a sua obra profunda de
inteligência e beleza. Que arrepio, minha Nossa Senhora! O seu poeminha de
ontem, meu admirador de mim perfeita, continua a adornar a minha pele, adoro
ser barco, gomo, corpo em arco e em balanço para ser saboreado, adiante que
desfaleço... Ah, a roupa, comprei uma roupa bonita: um casaco quente, uma
camisola verde com um laço, uns ténis de veludo preto, umas calças elegantes de
cinzento azulado. Acudam, que linda vou andar pelo Outono adentro, sou assim de
nascença. que quer, com magia à flor da pele, que se há-de fazer!
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