Qualidade e sucesso na escolaridade obrigatória

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O XXI Governo Constitucional assume a educação como um meio privilegiado de promover a justiça social e a igualdade de oportunidades, constituindo um dos princípios que enformam a sua política a promoção de um ensino de qualidade e sucesso para todos os alunos ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória.
A promoção de um ensino de qualidade implica garantir que o sucesso se traduz em aprendizagens efetivas e significativas, com conhecimentos consolidados, que são mobilizados em situações concretas que potenciam o desenvolvimento de competências de nível elevado, que, por sua vez, contribuem para uma cidadania de sucesso no contexto dos desafios colocados pela sociedade contemporânea. O conjunto de competências inscritas nas propostas de perfil de aluno no final da escolaridade obrigatória que têm vindo a ser apresentadas em Portugal e nos mais variados fóruns internacionais abarca competências transversais, transdisciplinares numa teia que inter-relaciona e mobiliza um conjunto sólido de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores. O cidadão de sucesso é conhecedor, mas é também capaz de integrar conhecimento, resolver problemas, dominar diferentes linguagens científicas e técnicas, coopera, é autónomo, tem sensibilidade estética e artística e cuida do seu bem-estar
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Retirado do Preâmbulo do Despacho n.º 5908/2017 (sem sublinhados).
Breve comentário
Pois sim, trata-se de um documento importante, demasiado extenso, que mantém as orientações que há anos vêm sendo seguidas em Portugal na área da educação em sintonia com orientações internacionais. Mais uma “experiência pedagógica”, adiante, nada de inovador.
De novo sim, no Preâmbulo, surge (enquadrado) o conceito/expressão “cidadão de sucesso”. Percebe-se a ideia, seja: o sistema educativo tem estado marcado pelo estigma do insucesso, há que virar o bico ao prego e tudo fazer para que a marca de água do sistema seja o sucesso educativo. No entanto, não se percebe o conceito/expressão: lá pelo meio andará algo parecido com uma alusão a um "homem novo do século XXI" que já alguns por aí apregoam como produto da escola do século XXI? Mais um problema para o cartão de cidadão...

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