A mente política
"Tenho dois objectivos neste livro: informar o leitor sobre os avanços da nossa compreensão científica da razão humana e demonstrar como esse conhecimento científico nos pode ajudar a entender a nossa política." (Lakoff, 2009)
"A maioria de nós herdámos uma teoria da mente da época da Ilustração, específicamente, que a razão é consciente, literal, lógica, livre de emoções, incorpórea, universal: funciona para servir os nossos interesses. Comprovou-se que esta teoria da razão humana é falsa em cada uma daquelas particularidades, contudo, persiste. Em muitos aspectos da vida isto poderia não importar. Porém, em política tem efeitos negativos." (Lakoff, 2009)
Adenda (mensagem recebida)
Bem pensado, meu caro atarefado nas coisas do cérebro, seja: a ideia de que a política nada tem a ver com mudar as preferências de voto mediante a persuasão, os argumentos e até com a evidência. Boa ideia, essa ideia de pensar que a política consiste em configurar e reconfigurar redes neuronais (isso, mudar o cérebro, vida). Cá para mim, que também não tenho dúvidas que assim é, mediante o uso de metáforas (vem aí o Diabo, arreda), lemas (a geringonça funciona), slogans (acabou a austeridade) - desde que haja repetições à saciedade como mantras (não sabe o que é um mantra, céus, acudam, soltou-se a sua ignorância) - podem enclausurar-se as áreas do cérebro responsáveis pela emoção (a razão é escrava das paixões, já lá dizia o velho Hume) e os cidadãos-votantes tornam-se manipuláveis. Fazendo passar uma mentira como se fosse verdade, záscatrapás, voto ganho. Adiante, meu caro admirador; ui Lakoff, tenho que pensar mais na mente política.
Adenda (nova mensagem recebida)
Meu caro, meu caro admirador em todos os dias e ainda em mais um, nem de propósito ter falado hoje na mente da política. Lembra-se disto? Pois, ora toma e embrulha. É mais ou menos aquela conhecida metáfora do "agarrem-me senão desgraço-me"; é, pois não é? Depois, vai-se a ver e pimba, digo, pumba, digo, pimba: foi só fumaça. Que me diz?
Adenda (nova mensagem recebida)
Meu caro, meu caro admirador em todos os dias e ainda em mais um, nem de propósito ter falado hoje na mente da política. Lembra-se disto? Pois, ora toma e embrulha. É mais ou menos aquela conhecida metáfora do "agarrem-me senão desgraço-me"; é, pois não é? Depois, vai-se a ver e pimba, digo, pumba, digo, pimba: foi só fumaça. Que me diz?
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