Os poderes do tacto e a teoria bayesiana
(Mensagem recebida)
Descobri, meu admirador preferido, quando descobri o desenho (que lhe envio), logo se me
assomou um pensamento: bem que este desenho podia ser meu. Mas, tinha que ser, tropecei numa
gargalhada, vida, quando me imaginei a rabiscar um desenho (consigo a fazer-me
cócegas), aposto que seria um desenho igualzinho, seja: as cores são as minhas
(olhe o desenho à esquerda nesta página), o traço é fino, elegante, leve e
saltitante como eu. Parênteses. Traduz o desenho (ui inconsciente,
inconsciente) uma imagem de Portugal a fugir da Europa? Não! Fim de parênteses.
Perdi-me, meu caro, perdi-me; tinha decidido falar-lhe hoje dos poderes da pele
e dos poderes do tacto a propósito da importância das carícias, seja, sobre a
arte de combinar o próprio sentido cutâneo com os sentidos propioceptivos, já ouviu
falar em pele de galinha? Adiante, céus, como eu me sinto só de pensar em
massagens tácteis... Mas não. Não vou falar-lhe das propriedades dos sentidos
cutâneos, quero apenas deixar-lhe um notinha: acaso sabe (ou ouviu dizer) que
"observações recentes mostram que a pele funciona como um "terceiro
ouvido" que possivelmente ajuda a compreender a linguagem, pois as
correntes de ar que criamos ao falar são captadas pela pele do nosso
interlocutor ainda que os seus ouvidos não estejam conscientes disso"? Não sabe e nem ouviu dizer, ponto. Talvez, digo eu que sempre me afoito, talvez possa basear-se, nessas observações, alguma nova tecnologia para ajudar as
pessoas com cegueira...
Adenda
Ainda a propósito de cócegas...
Logo que tenha uma pinga de tempo, oiça o que diz o Daniel Wolpert (ele tem estudos, registe). Nunca, meu admirador ciumento,
nunca tinha ouvido falar na teoria bayesiana? Surpresa minha nenhuma!
Adenda
E também, a propósito do tacto e do riso, já ouviu falar no "Número de Dunbar"? E sabia que as carícias lentas (e o riso de hã.
hã, hã) não nos mentem? Não? Olha a novidade, surpresa minha nenhuma!
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