Não, claro que não, óbvio!

É raro, muito raro, é muito raro escrever sobre política. Porém, há momentos em que a informação nos provoca, e depois não há remédio, cá vai disto. Vejamos. Na consulta destes mapas (ver o mapa na imagem), Portugal mantém um “honroso e destacado” lugar: a mais elevada proporção de cidadãos que declararam não ter "nenhum interesse na política". Causas? Muitas e várias e variadas. A título de exemplo... Ainda hoje se festeja quer um orçamento de “rapa, tira, deixa, põe” quer o resultado das eleições nos Açores ((maioria absoluta com menos votos para um partido, sem se sublinhar (e explicar) que cerca de 60% dos eleitores (por onde andas fiabilidade dos cadernos eleitorais?) se abstiveram)). É preocupante? Óbvio que é preocupante. Acontece, no entanto, que em Portugal, à mesa dos cafés, muito se fala de política: política é passatempo, é ocupação de valia inócua, divertida, mais ou menos do tipo de cochicho de comadres e compadres à esquina do tempo. Que seja assim é mau, é muito mau; mas perceber o desvario da comunicação social e o descrédito dos partidos incomoda mesmo. Agora (todos: uma e outros) deram em falar de geringonça para um lado, geringonça para outro: cai, não cai, cai um dia, cai, ai cai, já não cai. Há uma pergunta que se impõe: com tanta bazófia e tanta tolice junta, alguém os leva a sério? Não, claro que não, óbvio!
Adenda
Levemente, digo, pesadamente a propósito...
Nova adenda
E que dizer disto?

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