Se eu disse Noe com trema? Claro que disse!

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(Mensagem recebida)
"O tempo é o que os relógios marcam, blá, blá, blá..., foi o que Einstein disse em tempos...". Este seu parlapié atrapalhado, meu caro, tem-me dado cabo da cabeça, até a minha franja de princesa egípcia volteia inteligente que nem antena flexível em dia de temporal... Tudo bem, admito, o tempo físico assim será, mas e o tempo psicológico será a consciência, será, será mesmo? Às tantas, até é... Tenho, no entanto, andado a matutar com o meu (divertido e divergente) pensamento "áésse" - ardilhada de simplicidade - que a consciência pode ser tão fundamental como o tempo, o espaço e a massa, digo eu que me interrogo todos os dias. Ou até mais (penso eu e quem sabe!) a consciência seja universal, e todos (até as árvores e os animais e tudo o mais e até os protões) tenham consciência ainda que em graus diferentes: desde que a consciência seja a integração de energia e informação, está bem de ver. Sou pampsiquista? É isso que está a pensar? E daí? Sou e não me importo nada de ser pampsiquista, catequista é que não sou e não quero ser e nunca vou ser, adiante... Sabe que o Alva Noe aderiu à moda das barbas grandes, que patusco! Estou aqui a ler uma crítica a um livro dele..., e nem sei o que lhe diga ou o que lhe conte. Ainda não tenho uma opinião formada, mas sempre lhe digo que concordo com o Alva Noe quando ele afirma que a consciência não é algo que reside em nós (e resultado da actividade do cérebro) mas sim: "é uma forma de ser e estar no mundo". Óbvio que sim, meu caro, nós não somos o nosso cérebro, nós somos (até as fadas, imagine só) seres vivos com um cérebro (claro que sim) e com um corpo ligados ao ambiente em que vivemos; se fossemos apenas o nosso cérebro, a consciência seria assim a modos que uma espécie de digestão, Deus me livre e guarde; a vida é (ah pois é) um processo de interacções entre o organismo e o seu ambiente... Pois, mas se a consciência (como o Alva Noe - Noe com trema - crê e defende) é externa e não interna no cérebro, como é que ele explica a existência dos sonhos?! Se o tempo não mora dentro dos relógios e nos ponteiros dançarinos, então a consciência também não mora dentro cérebro e nos neurónios bailarinos, penso eu...; eu que penso muito bem e muito depressa e sempre deliciada (e deslumbrada) com um violino em fundo musical... Mas como é que ele explica, insisto, a existência dos sonhos? Os sonhos são muito a pele de cada qual, pois não são?! Se eu disse Noe com trema? Claro que disse!

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