Um Provedor da Criança em Portugal: um dia acontece

Há notícias que devem ter um significado especial: esta é uma delas. Desde logo (1), porque (há que o sublinhar) algo está a funcionar em Portugal (dados relevantes sobre a vida das crianças começam a aparecer), e o destaque vai: para a importância do Sistema Nacional de Intervenção Precoce e para a necessidade de se optimizar a articulação em rede dos diversos serviços (ainda que com tutelas ministeriais/institucionais diferentes) destinados ao cuidar e ao educar das crianças mais pequenas e das crianças mais frágeis...  Depois (2), porque a notícia revela bem quanto ainda é necessário, em Portugal, um olhar diferente (e qualificado) para a protecção e a educação das crianças dos 0 aos 12 anos de idade ((e com atenção qualificada em cada um de três ciclos de vida interligados ("0-3 anos" e "3-6 anos" e "6-12 anos")), ou seja: este parecer do ano 2008, é pouco conhecido, pouco lido, pouco pensado e pouco "activado"... De seguida (3), lida a notícia, é importante confirmar que uma leitura cursiva mas atenta deste e deste e deste documento(s) (a título de exemplo), alerta para a necessidade (imperativa e urgente) de se promoverem e dinamizarem e se apoiarem: projectos integrados (inovadores e fundamentados), projectos de cuidado e de educação das crianças dos 0 aos 12 anos de idade... Finalmente (4), aquela notícia tem ainda um significado muito (mesmo muito) especial..., nunca é demais alertar para a lamentável e incompreensível ausência, em Portugal, de uma entidade institucional que divulgue e promova os direitos das crianças e que seja uma entidade paladina incansável (e determinada) do "superior interesse da criança": a figura institucional de um  Provedor da Criança.

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