A alga que queria ser flor
Sei que não sabe, meu caro, sei, sei mesmo. Sei que não sabe que a "A alga que queria ser flor" é um livro infantil que faz jus ao nome da autora (podia ser de outra forma? Claro que não podia, é muito ela!), a Ana Cristina Tavares que, doutorada em Biologia, foi responsável, durante muitos anos, pelo serviço educativo do "Jardim Botânico da Universidade de Coimbra"... A estória ilustrada e comentada, em língua portuguesa e em língua inglesa, tem um argumento simples: "Dois meninos vão ao jardim botânico e ouvem a história de uma alga de um laguinho, cujo sonho era ser flor. A alga
pediu ajuda à D. Botânica Esta transformou-a primeiro em musgo, depois em
feto, depois em pinha e, finalmente, em flor." Não sabia da existência do livro, interrompi o discurso da única fada do universo, que, em sua casa, anda sempre de sabrinas brancas para não sujar o chão; mas, continuei, também não sabia do seu interesse pela educação das meninas e dos meninos... Ora essa, meu caro! Então não lhe contei que tenho um natural e especial dom para me movimentar em pavilhões do conhecimento animando a criatividade dos meninos e das meninas? Disparou sem cerimónia enquanto cantarolava uma canção infantil e eu ouvia o roçagar do seu vestido... Contou-me mesmo, tem a certeza? Interpelei-a. Se não contei, é como se tivesse contado, gracejou ruborizada, vá ler o livro e delicie-se com as belíssimas ilustrações... De seguida, em ar sério e em jeito de despedida, trauteou em surdina e doçura aveludada: a alga queria ser uma flor, eu quero ser uma fiadora do futuro.
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