O princípio resolutor da aprepeia
Portugal
vive, nos dias de hoje, um momento histórico particularmente crítico da sua
longa história (quase novecentos anos) de vida como Estado-Nação. Alguns dos actuais
actores políticos, através de intencionais e múltiplos emaranhados artifícios de retórica, mais parecem
construir empecilhos que anestesiam a qualidade e o saber, ao invés de mostrarem
diligência e sentido de estado, capazes de mobilizar a vontade e o dinamismo das pessoas de carácter nobre... Que sina!
Para
aquilatar da bondade (ou da falta dela) das atitudes de alguns desses políticos, nada melhor que amadurecer o pensamento, a partir de um passo (elucidativo) da “Poética” de Aristóteles, onde se exprime
o princípio resolutor da aprepeia. Convirá, por isso, relembrá- lo:
“Ora
relativamente à questão de julgar se alguém disse ou fez alguma coisa bem ou
mal, não se pode atender apenas ao valor intrínseco do acto ou da palavra e ver
se é nobre ou vulgar; mas é necessário considerar também a índole da pessoa que
age ou que fala, e para quem e quando e como e porquê; se, por exemplo, é para
alcançar um bem maior ou se para evitar um mal maior."
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