Em tempo de eleições: a inovação é a chave do êxito numa escola rural


1.Esta reportagem e ainda esta merecem ser escalpelizadas, não está ainda esclarecido o porquê (e nem o como) de elas terem acontecido, mas que podemos e devemos aprender com elas, lá isso podemos, lá isso devemos. A realidade é que o tempo, na educação no século XXI, passa rápido, acelera. 
2.Claro que as escolas rurais devem ser preservadas e apoiadas e, seguramente, podem (e devem) integrar-se, com saber e qualidade e genica, na dinamização e na valorização e na qualificação do dito "interior de Portugal demograficamente desertificado". Registe-se que a capacidade das escolas rurais (i) fazerem frente às dificuldades (a sua resiliência) e (ii) considerarem os alunos o centro da educação (o seu ponto de apoio) é um exemplo que os sistemas educativos devem ter em conta na sua arquitetura.
3.Neste quadro, não se compreende que o "Agrupamento de escolas do Fundão" - onde a escola rural (das reportagens) se integra - não se tenha ainda pronunciado sobre o que pensa sobre o futuro próximo daquela escola rural, sobre as possibilidades de ela continuar viva, sobre as possibilidades de ela aprender a fazer uma boa gestão dos inúmeros problemas que estar vivo acarreta: é imperativo que o faça com urgência, não é aceitável que, qual avestruz amedrontada, esconda a cabeça na areia. Que tal passar os olhos por aqui e por aqui?
4.Também, lendo esta notícia, parece, paradoxalmente, que "a bota não bate com a perdigota": os dois acontecimentos existem paredes meias no mesmo território. Olhando macroscopicamente e sentindo o contraditório da realidade, talvez se encontre a chave que pode abrir uma porta da inovação para a continuidade daquela e de outras escolas rurais.
5.Finalmente, tendo presente a imagem acima e andando por aqui com tempo e vagarpercebe-se muito bem que, em Portugal no primeiro quartel do século XXI, a desigualdade nas ofertas de educação para as crianças mais novas (as crianças são sondas que a Humanidade deve enviar apretechadas para um futuro incerto), campeia "sem rei nem roque". Em tempo de eleições, quando assim é, Deus nos livre de dar rédea solta ao que vai cá dentro.

Adenda com memória.

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