Assim vai Portugal ou A propósito de um texto retirado de "As Farpas" de 1871
Acontece-me, de longe a longe, reconheço, acontece-me de longe a longe dar comigo a ler e a ler e a reler "As Farpas". Costumo dizer-me: se visitares alguns textos de "As Farpas", mais bem entenderás o estado de ser, de pensar e de agir do país em que vives. Sim, é verdade, sei que mais de 150 anos nos separam (1871-2023) do país de Ramalho Ortigão e de Eça de Queirós, mas que o texto acima transcrito é intrigante e ilustrativo de um país europeu pobre e periférico, de um país político arruaceiro e costumeiro (quão tanto lhe falta um par de bordoadas no ego!) a perorar em fiapos de conhecimento mal atado e a navegar à bolina e sem norte ou intenção, lá isso é! Dez anos passados e, mais uma outra vez, aí está, impante, uma nova crise política em Portugal, que mais se parece, diga-se de passagem, com mais uma outra almofada de pesadelo. Se será sempre assim? O tempo o dirá!
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