Talvez o bem senso ajude, quem sabe?!
Portugal
tem um problema muito grave: para além da
crise financeira, económica e social, está instalada uma crise política; uma crise
política que se vê, à vista desarmada, perante um governo sem saber o que fazer num país
“escavacado”. Podem os governantes continuar a negar a realidade, mas ela
existe e os portugueses sabem bem que sim: há
mais de dois anos que trilham um caminho de pedras e com sapatos rotos ou com os
pés descalços. A mais que previsível forte contenção da despesa pública (na educação,
na saúde e nas prestações sociais) como resposta à decisão (muito sensata, por mais que alguns apaniguados do regime se esforcem por tentar provar que é uma decisão mal fundamentada) do Tribunal
Constitucional, será um sinal muito objectivo de mais austeridade, com todas as suas consequências quanto à evolução do desemprego, da recessão económica e de uma maior conflitualidade social (sobretudo quando em Portugal ainda continua a haver alguns que, indecentemente, continuam a usufruir de remunerações milionárias)... É (e que ninguém duvide!) perfeitamente
absurdo que, perante a situação de crise do país, não haja ainda uma estratégia claramente delineada de compromisso político ou de ruptura política (se for caso disso); e, também é perfeitamente
absurdo que, no horizonte político, apenas se prefigure (e se prefira) a intriga política de bastidores. Urgente (muito urgente) é mudar de políticas e de actores para que a confiança e a esperança regressem. É o tempo de mudar... Talvez o bom
senso ajude, quem sabe?!
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