Aprender a fazer silêncio cerebral é uma rotina saudável

Recordo agora uma máxima interessante, esta: “uma mente divagante é uma mente infeliz”. A verdade é que a quantidade de pensamentos, diálogos, imagens, lembranças que assaltam a mente de cada um de nós é absolutamente incalculável, é assim a modos que o conteúdo de vários filmes que se imbricam uns nos outros a cada momento. Quando imersos nesses filmes-devaneio, sem ter o controle sobre a atenção consciente, a dissipação de energia é enorme, estudos o confirmam. Quer isto dizer que nós, os seres humanos, raramente estamos no presente..., e tantos e tão grandes são os benefícios de viver no presente! Viver no presente é desencadear melhoras nos sistemas nervoso, imunológico, endrócrino, cardiovascular. Se assim é, que rotina diária importa aprender? Importa aprender a fazer silêncio cerebral. Para que se faça algum silêncio cerebral, para que o cérebro fique mais calmo, importa ter consciência das actividades que compõem o dia a dia: sentir a cor, a textura, o cheiro e o sabor da laranja com que se inicia o pequeno almoço, perceber as sensações do corpo quando se olha o horizonte pela janela e se ouve o trinar de um pássaro na chuva que cessa, absorver os benefícios e o marulho da água no banho enquanto se canta e se apura o tacto no corpo nu, sentir o ritmo antigo que há nos pés descalços, desfrutar o silêncio (sem música e sem televisão e sem rádio) das danças sensuais no brilho fixo da luz quando à noite a lua desce, apreciar o sorriso das paredes lisas quando se mandam notícias más para um raio que as parta e se procura a página (do livro) que deixámos a meio. É suficiente existir para se ser completo e aprender a fazer silêncio cerebral é uma rotina saudável.

Adenda

... com música.

Comentários

  1. Silêncio é a terapia que mais falta nos faz, estando à mão de todos.
    João Cordeiro Dias

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