O que são representações disposicionais?

  

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Santa Maria dos Acontecimentos Fortuitos, perdi, digo, ganhei algum tempo a rabiscar o desenho (acima na imagem duplicada) que lhe envio, que dificuldade a minha em acompanhar o bico do lápis... Vida, mas trata-se de uma imagem ou de duas? Como é que o lápis (que é o mesmo), olhando as duas imagens, me aparece em paralelo? Bem, estou sem saber o que escrever. Traduz o meu desenho uma miscelânea de padrões de uma imagem evocada? De quê, de quem? Como diz? Que o meu desenho tem flores e frutos e bagas e corações, e tudo muito asadinho? Hum! Pois é, sei, estou a fazer confusão com imagens perceptivas, imagens evocáveis e imagens-memórias do futuro. Porém, há um inteligente traço-padrão que as liga, eureca, descobri, é a minha tia Maria, asadinha. Com a certeza de que as aparências entre ela e mim não iludem, fui perguntar ao António Damásio o que pensava ele da minha tia Maria. Leia o que ele me respondeu: "A tia Maria, enquanto pessoa completa, não existe num único local do seu cérebro, está distribuída por todo o cérebro sob a forma de representações disposicionais para os seus diversos componentes. Quando evoca lembranças de coisas relacionadas com a tia Maria, e ela emerge em vários córtices visuais, auditivos, e outros sob a forma de representações topográficas, ela continua a estar presente nessas imagens separadas, durante o intervalo de tempo no qual se constrói algum significado para a sua pessoa...". Céus, sinto-me agora noutra pele e livre, até já gosto das coisas miúdas que enchem os meus dias, adiante, enquanto oiço música escolhida vou saber o que são representações disposicionais, de tal lhe darei conta em momento azado, tenha um bom dia. Que quer, também sou assim, que se há-de fazer!

Adenda - ... com memória.

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