Texto-fragmento (recebido)
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Há dias, tem dias em que se me dispara uma gargalhada daquelas, hoje é um desses dias, minha rica Nossa Nossa Senhora da criatividade à solta! Assim. Vi a imagem acima, e foi tiro e queda, uma gargalhada daquelas, de criar bicho, ri-me a bom rir. Adiante. Assentei arraiais no meu pensamento e não fui de modas, perguntei-me: serão mesmo peixes-zebra num festival de música? Vamos ao que interessa. O que agora escrevo é (tão só) uma sugestão para a leitura deste comunicado. Interessante. Então, hum, o que acontece com os seres humanos - no que se refere à construção da personalidade e às consequentes alterações no cérebro - também se aplica aos peixes? Parece que sim, vou tentar saber mais, logo que um tempinho solto me ajude e eu me disponha, algo me diz que em tempos idos os seres humanos já foram peixes. Adiante. Não posso, no entanto, deixar de referir que, quando ontem me demorei nas irisações das bolas de sabão com música de Liszt em fundo, disse de mim para comigo: verdade, verdadinha, o Kant estava certo quando domesticou a natureza através de uma hábil distinção entre razão teórica e razão prática, seja, a razão teórica pode levar-nos a conhecer o fenómeno, fenómeno que, pela ciência, justificada na própria constituição do pensamento, fica ao dispor da acção humana; mas é a razão prática que, no dever, nos dá o contacto directo com esse mundo numenal, ups, complicado... Se não fosse como o Kant diz, estaríamos perante qualquer coisa tal como uma criança desvanecida nas irisações das bolas de sabão - que liberta para o voo tal qual um deus a brincar com a luz - que fosse obrigada a olhá-las como sabão e água em vez de cor e asas. Daí que imperativo se torne salvar a individuação, individuação que é uma ampola irisada de ser, que é a espuma lucinante do Uno primordial. Céus, sinto em mim que o meu cérebro é devedor da minha personalidade, e sinto que sim porque respiro, todos e cada dia, a atmosfera do milagre que a vida é!
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