Nunca ninguém verá flamingos azuis num lago rosa, porque será?

Os flamingos são um dos atrativos do <a href="http://viajeaqui.abril.com.br/estabelecimentos/aruba-oranjestad-hospedagem-renaissance" rel="resort Renassaince" target="_blank">resort Renassaince</a>, em <a href="http://viajeaqui.abril.com.br/paises/aruba" rel="Aruba" target="_blank">Aruba</a>, no <a href="http://viajeaqui.abril.com.br/continentes/caribe" rel="Caribe" target="_blank">Caribe</a>
(mensagem recebida)
Há dias feriados, que quer, meu admirador, há dias feriados, o dia de ontem e o dia de hoje, por exemplo, em que me sinto encantada por não estar confinada, faço o que quero e o que me dá na real gana, adiante. Mas, mesmo assim, céus, porque será, há momentos em que me lembro de si e das suas tiradas sobre as capacidades do cérebro. Eis porque escolhi ler, na praia - gostei que o Sol, consciente de que era feriado, se tenha portado bem -, dizia eu que li este artigo científico muito recente, sobre os limites da percepção das cores, logo a seguir a ter passado os olhos sobre este comunicado onde se diz, textualmente: "Os nossos resultados mostram que o nosso sentido intuitivo de um mundo visual rico e colorido é em grande parte incorrecto. É provável que o nosso cérebro esteja completando grande parte da nossa experiência perceptiva". Arrisco um resumo: a percepção da cor é, em grande parte, uma ilusão porque os nossos olhos apenas percebem a realidade cromática num ponto da visão; daí que a única explicação para o facto de percebermos a cor (que na realidade não estamos vendo) resida na capacidade do cérebro em substituir a visão monocromática pela visão cromática, e sem que nós demos conta da fraude. Se assim é, vida, disse de mim para mim: hum, se existem alguns mecanismos neuronais no cérebro que estabelecem que cor pertence a um determinado objecto, então, graças a esses mecanismos, nunca ninguém verá flamingos azuis num lago rosa. Que me diz? Que gosta da elegância dos flamingos na imagem e que o azul do lago tem o jeito de sonhos desfeitos. Que poeta me saiu, adiante, mas sim, concordo na elegância dos flamingos, não concordo com o jeito do azul. Vida minha, reparo agora que li aquele comunicado e que li aquele artigo científico dando ao verbo ler o significado de ler ser igual a desenhar por sobre as palavras que produzem caras à memória (que mora nas adendas das minhas mensagens). Ups, deuses, a expressão "que produzem caras à memória" é uma espécie de hipálage deliciosamente ternurenta, onde caras marca o ritmo e faz a diferença, trata-se de uma espécie rara de consciência textual, que lhe parece? Tenha um bom dia!

Adenda
Com memória e memória..., e ainda a propósito de cores.

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