Para se expandir o coronavírus não está condicionado pelo clima...
(mensagem recebida)
Santa Maria, meu caro e incondicional admirador de mim que todos e cada dia viajo viajo em si, essa coisa deste malvado coronavírus dá-me cabo da cachimónia: na minha forma de pensar, aquele cretino tenta infiltrar-se na memória do ar. No dia a dia, bem eu quero passar pelos pingos da chuva (salvo seja), mas se dou um espirro todos fogem de mim (e olhe que tenho cuidado, espirro para o meu braço). Adiante, mas proteja-se, todo o cuidado é pouco. A todos (e a todas) tenho falado no princípio da precaução e no princípio da responsabilidade, mas muitos (e muitas) fazem orelhas moucas. Os nossos governantes (ontem) já deram sinal de preocupação atirando para o ar, digo, via televisão, desbobinaram uma série de medidas. Eu cá estou à espera que se deixem de palavras ocas, que não se armem em pilotos de barcos que as tempestades afundam, que tenham a coragem de decretar uma medida mais drástica: todas e todos em casa durante alguns dias, não há outra forma de travar os contágios. Ponto final, parágrafo.
Adenda 1
O seu poeminha de ontem, onde os versos voam, é hoje a minha bolinha de oxigénio. Os pássaros estavam a falar de mim? Sério, mesmo? Não me diga: os pássaros a falar de mim são uma metáfora para me dizer que sente necessidade de me admirar? Mais, diz que a sua admiração por mim é o resultado de - por intermédio de mim e do meu coração partilhado - ser quem é no painel da sua existência diante do mundo e nas veredas e nos penhascos da vida? Oh minha vida, vivo em si em sulcos marcada pelo curso do destino? Céus, adoro entrar na profundidade dos seus segredos, adoro fazer-lhe falta, gosto e gosto, mais não digo, obrigado. Agorinha, consome-se-lhe o silêncio em eflúvios de saudade ateada pelo tempo de mim? Oh vida minha, será que entendi bem?
Adenda 2
Diz que é excelente e merece ser lido e religo o artigo (acima) que hoje eu lhe recomendo? Olha a novidade nenhuma, como se eu o não soubesse! Mas óptimo, ainda bem que gostou, aconselho-o a debruçar-se agora sobre este texto (já tem um mês) do Yuval Harari: entenderá que é à ciência que cabe encontrar um antídoto para o vírus, à política compete resolver confrontos de interesses e quejandos antes que tal aconteça. Seja: quando os políticos não sabem o que fazer perante uma pandemia como esta, não engonhem: oiçam os cientistas, apoiem os técnicos de saúde e, pelo sim pelo não, digam às pessoas que cumpram as regras preventivas de higiene e que devem ficar em casa durante vários dias (e garantam as condições para que tal aconteça, óbvio). Ponto.
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