Será que há um exemplo (palpável) de homeostase sociocultural?

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(mensagem recebida)
Sem fala, meu excelente admirador de mim, fiquei sem fala quando me caiu em cima de uma pergunta um lenço de Viana do Castelo, pergunta que eu fazia a mim própria, esta: será que há um exemplo (palpável) de homeostase sociocultural? Parênteses. Sabe que gosto (e me divirto) em falar à moda de Viana (eu disse Viana, hum!), pois não sabe? Claro que sabe. Fim de parênteses. Se quer que lhe diga, não sei bem o porquê da pergunta, sei eu lá bem porquê, talvez, se calhar, porque deambulei sem destino por "O livro da consciência" do Antóno Damásio e a expressão homeostase sociocultural terá ficado a bailar no meu inconsciente, adiante. Oh, oh pá, raios e coriscos, ocorreu-me a seguinte ideia: mas a resposta à minha pergunta é um lenço de Viana! A sério, acredite, ora pense comigo. Diz o António Damásio que a mente consciente emerge na história da regulação da vida. Pimba, a regulação da vida é um processo dinâmico, a regulação da vida é a homeostase: que teve início em criaturas vivas unicelulares (sem cérebro mas com um comportamento adaptativo) como, por exemplo, uma célula bacteriana (eu disse bacteriana, hum!) - acaso já ouviu falar nas arquéias de Loki? -; aquele processo dinâmico foi evoluindo em indivíduos (vermes) em que o comportamento já é gerido por um cérebro simples; continuou a sua evolução em indivíduos em que o cérebro gera comportamento e já existe uma mente (insectos e peixes). Uhm, deixe-me pensar, calma, silêncio... Pois é, é isso mesmo, isso, quando o cérebro começa a desenvolver sentimentos primordiais os organismos tornam-se sencientes numa forma primitiva, bingo, a partir desse momento acrescenta-se um eu à mente e acontece a mente consciente, dos réptéis, das aves e dos mamíferos, todos já com um eu nuclear. Segundo parênteses. Vida minha, perdi-me, não consigo parar de escrever, as minhas mãos misteriosas de génia estão a escrever em piloto automático em pleno coração do texto, pode lá ser! Fim do segundo parênteses. Vamos lá então, estava eu no caminho em direcção à homeostase sociocultural. Continuo de olhos em riste a flamejar. Assim: os seres humanos têm esse eu nuclear e também têm um eu autobiográfico (tal qual os nossos primos símios e os mamíferos marinhos e os elefantes e os felídeos). Adiante que se faz tarde: em nós, seres humanos, foi possível associar aos dois eus (nuclear e autobiográfico) - os dois são já mente consciente - uma capacidade maior de memória e o raciocínio e a linguagem. E assim, zascatrapás, a homeostase deu um espantoso e extraordinário salto de canguru alargando-se ao espaço sociocultural, e: "os sistemas judiciais, as organizações económicas e políticas, a arte, a medicina e a tecnologia são exemplos dos novos dispositivos de regulação". Não, não sei que mais lhe diga e nem mais que lhe conte, faça como eu, olhe para o lenço de Viana do Castelo: trata-se mesmo de um exemplo (palpável) de homeostase sociocultural, certo? Porque é que eu sou assim? Céus, sei eu lá bem, isso queria eu saber, sou esmeralda de nascença, tudo o que em mim luz é ouro, nasci e sou e quero ser um passadiço para a beleza e a verdade e a bondade, que se há-de fazer!
Notinha
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Deuses, o que eu encontrei, consegue decifrar a mensagem? Não? Eu traduzo, assim: eu estou a ver-te, o meu coração é teu. Gostou? Sorriu? Eu também!

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