A consciência não está dentro do cérebro separada do mundo...

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Mensagem recebida
Eureca, garanto-lhe, descobri, meu caro admirador de mim, descobri que a consciência não está dentro do cérebro separada do mundo (a ideia de que o cérebro recebe sinais sensoriais e que com eles fabrica uma imagem através da actividade neuronal pode ser chão que já deu uvas), a consciência, lhe afianço, é um processo em que se cruzam os elementos que participam na percepção consciente. Olhe para a imagem que lhe envio, olhe com olhos de ver, óbvio. O que sente? Com disse? Não acredito! Diz-me que se sente a fazer parte da imagem, que se delicia com o equilíbrio da borboleta rendilhada em cima da espiga ao ar livre, que na imagem moram os meus qualia, que a sua consciência se expande entre os qualia de mim (formas, cores, densidades, odores), o equilíbrio, a borboleta e a espiga e o córtex visual do seu cérebro, criando um todo único, todo único esse que é a experiência da imagem que lhe envio? Minha Nossa Senhora, tal qual, perfeito, gosto e gosto! Diz-me que assim é, mas que não entende como? Vamos lá, explico-lhe melhor. Imagine que está a ver um arco íris. De que depende a existência de um arco íris? Pois, não sabe! Da chuva, do sol e do espectador, certo? Aí está, um arco íris é um processo que requer vários elementos, um dos quais é a nossa percepção sensorial, é a nossa consciência que se espalha entre a luz do sol, as gotas de chuva e córtex visual do cérebro, criando assim uma experiência única, criando um todo único: a experiência do arco íris. Parênteses. Sou assim, tenho comigo a chave-mestra dos corações, estudosei e digo e escrevo, que quer, que, que se há-de fazer! Fim de parênteses.
Adendinha 1
Claro que sim, isso, isso mesmo, a prova está neste seu textinho: nele, a sua consciência espalha-se entre a minha forma de ser e de estar e agir no mundo, criando um todo único que é a experiência de mim asadinha. E, assim sendo, a experiência de mim de mim asadinha é um objectosico que pode ser medido, explorado, tocado, acariciado, cuidado, admirado... Percebeu agora a razão pela qual sempre a si me dirijo apelidando-o de "meu caro admirador de mim"? Percebeu, até, até que enfim (rimou, ups!). Gosto, gosto e gosto!
Adendidinha 2
Convém que (também) tenha presente isto.

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