Os sete sábios da Grécia (séc VI. aC)..., e ainda o Anacarsis

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Tenho, meu admirador de mim e de tudo o que diz respeito, tenho dado voltas à cabeça por causa de uma espécie de indignação (que por aí vai) sobre a inusitada prestação de um tal Joe Berardo numa Comissão de Inquérito Parlamentar acerca dos maus negócios da Caixa Geral de Depósitos. Numa dessas voltas, deparei-me com um mosaico romano do século I, onde confraternizam os ditos sete primeiros sábios da Grécia. Que discutiriam eles? Perguntei-me. Percebi, mania minha aquela de eu entender que nas obras de arte viajam segredos, percebi que Tales explicava como chegou à previsão do primeiro eclipse solar (28 de Maio do ano 585 aC). Parênteses. Conhece a estória em que dizem que Tales, distraído, passava a vida a olhar para o céu e caiu num poço? Pois, é uma estória falsa. A verdade é que Tales, de um poço vazio, fez o primeiro observatório natural. Fim de parênteses. Os meus olhos grandes varreram o mosaico com luz e, garanto, registei (tenho ouvido para a música, sabe, pois não sabe?) uma enigmática frase de Bias de Priene numa resposta a uma pergunta de Sólon, esta resposta: "a maioria dos humanos são maus". Vida minha, aquele Bias já tão preocupado com a justiça: inspirado nele é que o Platão escreveu "A República", aposto! Diga-se que a virtude política "justiça" é que unia os sete sábios gregos. Preparava-me para lhe escrever a si, quando, vida minha, ouvi o Cleóbulo dizer que Anacarsis estava a chegar. Não, sosseguei-me, acalma-te, escreve lá sobre esse tal de Joe Berardo e da polémica que se gerou à sua volta, fala das medalhas, diz que a colecção de obras de arte fica para o Estado e que as medalhas ficam com o Joe. Não me dei ouvidos e, pelo sim e pelo não, fiquei à escuta. E não é que vi e ouvi distintamente o Anacarsis a chegar, a ser cumprimentado pelo Quílon, pelo Pítaco e pelo Míson? Porém, a seguir é que foram elas. O Sólon: que me dizes tu, Anacarsis, da Berarda que vai acontecer no XXI século (dC) em Portugal? O Anacarsis: ó Solon, acredita, nessa altura, nesse país, a lei será como uma teia de aranha: detém as moscas e deixa passar os pássaros. Meu admirador, meu admirador, meu admirador poeta, sábio e filósofo, que posso eu fazer, que se passa comigo? Pode lá ser: há vinte e seis séculos o Sólon a falar numa Berarda e o Anacarsis a mui bem tipificar a lei portuguesa! Ui Sólon, Sólon, ai Anacarsis, Anacarsis: que guichos até mais não!

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