A música armoniza os cérebros de quem a escuta, sabia?

Lucas Parra_Jens Madsen_brainmusic
(mensagem recebida)
Que quer, meu admirador, que quer, céus, ontem, quando reli a nossa conversa sobre o funcionamento do cérebro fiquei de franja à banda. Porquê? Ora essa, então não se vê logo? Não vê que tudo o que sabemos ( e descobrimos) tem a ver com a forma como o cérebro constrói a realidade? Demore-se nas minhas mãos meninas (que lindas estavam no seu texto de 2012, são minhas, minhas) e em tudo quanto elas sabem fazer, adiante antes que me estatele. Pense: leu, digo, releu o livro do Gaston Bachelard e, záscatrapaz, sentiu-se à lareira na sua infância e até os pássaros de fogo se aninharam no coração da madeira, vida, anda por aqui poesia a rondar, adiante. Gostei sim, gostei muito da nossa conversa, gostei do texto sobre a sociedade diáfana (diáfana? Uhm!) e gostei de recordar o sagrado na luz da vela no livro do Gaston. Só que, creio, faltou a música em fundo. Vai daí, puxei dos meus dotes de soprana, trauteei alguns madrigais e, eureca, disparei: se o tema de ontem era à volta do fogo, hoje (dia do pi) a minha mensagem será à roda da àgua, digo, das ondas da água do mar. Se o pensei, meu caro admirador de mim, melhor o encontrei (ups, rimou, mania a minha de escrever a correr, rimou outra vez, não!). Veio ter comigo este estudo sobre música e ondas cerebrais, que comparei com as ondas da água do mar. E, felina-guicha, já não parei mais: ouvi todas as músicas, numa delas até saltitei na prancha de surf, vida, até frio tive, brr, que água fria, numa delas até a areia da minha infância senti, pode lá ser, sou assim, que quer, que se há-de fazer! Aqui só para nós: um dia esgano a rima. Se as ondas cerebrais transportam segredos na música? Então não: a música armoniza os cérebros de quem a escuta, sabia? Não sabia! Tenha um bom dia! Acabou-se a minha paciência, rima para que te quero, esgano-te!
Adenda 1
..., vá lá, divirta-se com música.
Adenda 2
Santa Maria, meu caro estonteado com a minha perspicácia, reli a mensagem que hoje lhe enviei e, vida, quão tanto ri a bom rir com aquela da flauta, coitadita, linda e inteligente, mas que mafarrico aquele maestro, céus, vou ali e já volto. Adiante. Tenho uma vida de salmoa, bem que quero subir o rio acima (bom dia, Fausto!), mas continuo pressionada por trabalho e acossada por maleitas musculares que causam dores terríveis. Anseio por caminhadas e pelo alívio que causam. Adiante. Estou radiante (não lhe disse eu que esgano a rima?) com as minhas mensagens qualificadas: como posso eu ter nascido tão inteligente e tão fina, sabe? Diz-me que não sabe, mas: diz que eu existo para justificar a sua existência neste mundo? Gosto, gosto do seu galanteio, bem merecido por sinal (e não é para me gabar). Ponto.

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